Conservação de fauna ex situ em zoológicos paranaenses : uma revisão bibliográfica
Resumo
Resumo : O aumento crescente dos impactos antrópicos sobre o meio ambiente tem afetado as populações naturais, acarretando, em muitos casos, no comprometimento da sobrevivência. A conservação de fauna ex situ (em cativeiro) é um refúgio de importância fundamental para a conservação e preservação das espécies. Tem o intuito de gerar populações geneticamente sadias que farão parte das ações de manejo integrado, possibilitando o desenvolvimento das espécies que se encontram em risco de extinção, com oportunidades de reintegração ao habitat natural. Portanto, não é um fim em si mesma, mas uma medida complementar que deve trabalhar em união com a conservação in situ (em ambiente natural). Estariam os zoológicos realmente promovendo a conservação ex situ da fauna com qualidade e eficiência? Os projetos reprodutivos e de reintrodução estão sendo realizados? Tem-se aqui o objetivo de identificar e analisar as condições da conservação de fauna ex situ nos zoológicos paranaenses, reconhecendo como as práticas ocorrem e se há real integração das instituições com projetos reprodutivos, de reintrodução e bem-estar das espécies. A metodologia aplicada foi a revisão de literatura e a coletânea de notícias, para aprofundamento na atuação dos sete parques zoológicos do estado do Paraná, dentro da temática abordada. Deste total, cinco instituições são municipais e duas particulares. Três das municipais não estavam adequados às exigências do IBAMA, que determina que os zoológicos se tornem centros de reintrodução e reprodução das espécies. Ao analisar os registros de nascimentos, percebe-se que os parques particulares apresentam números muito superiores aos demais. A reprodução em cativeiro não é algo simples, os animais precisam estar em condições de bem-estar adequadas, o que demanda conhecimento profundo da sua biologia, fisiologia e ecologia, através de profissionais preparados, pesquisas e trocas de informações entre instituições. Poucos são os registros sobre a participação dos zoológicos em projetos de reintrodução, apenas as instituições particulares estão ativas neles, mas, há a ação de quatro dos sete zoológicos no cuidado de animais durante a quarentena com reintrodução das espécies após o período de recuperação. Nota-se que a falta de recursos financeiros disponíveis às instituições municipais afeta diretamente a qualidade do trabalho. Há meios pelos quais essas instituições podem melhorar a qualidade do trabalho, uma delas é pelo intercâmbio de informações significativas entre diferentes zoológicos e universidades, além de maior investimento em pesquisas para aprofundamento acerca das especificidades das espécies, o que aumentará as possibilidades reprodutivas. Outro fator necessário é a busca por diferentes possibilidades de captação de recursos, para que novos investimentos focados em reprodução e reintrodução sejam realizados.
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- MBA em gestão ambiental [249]