dc.description.abstract | Resumo : Desde o século XX quando as mudas de Eucalipto (Eucalyptus spp.) e de Pinus (Pinus spp.) foram trazidas para o Brasil para a produção de madeira das estradas de ferro para suprir a demanda de madeira investiu-se em pesquisa sobre a silvicultura desses dois gêneros. Com o passar dos anos outras culturas foram sendo plantadas para fins comerciais como as espécies: Acácia (Acacia sp.), Seringueira (Hevea spp.), Teca (Tectona grandis), Paricá (Schizolobium parahyba), Araucária (Araucaria angustifólia), Álamo (Populus sp.) e outras como o Cedro Australiano (Toona ciliata) e o Mogno Africano (Khaya Ivorensis).O manejo dessas culturas ainda são considerados relativamente novos, apenas 4 décadas de gestão, sendo os dados e informações sobre essas culturas e espécies ainda muito escassos. Este trabalho teve como objetivo recolher informações sobre as espécies alternativas mais utilizadas no Brasil, distribuição geográfica e área de abrangência em hectares, técnicas silviculturais usadas, informações botânicas e ecológicas, seus usos no mercado, rotação de cultivos, escoamento da produção e combinação com outras culturas. Foram pesquisados na internet informações em sites com boa reputação acadêmica e de órgão públicos, bibliotecas online e no site das empresas em busca de artigos, dissertações, teses, trabalhos e informações publicados. Essas espécies somam uma área total de 590 mil hectares em 2014, representando 7,7% do total das áreas de florestas plantadas no Brasil. Apenas 15 estados foram registrados tendo áreas destinados a essas culturas e o crescimento territorial passou de 370 mil hectares em 2006 para 590 mil hectares em 2014, mostrando assim um acréscimo de 220 mil hectares em 8 anos. Dentre as espécies, a Acácia foi a mais plantada, com representatividade de 3,2%. A segunda foi a Seringueira com 1.7%, devido a utilização da borracha como produto secundário. Em terceiro e quarto estão o Paricá e a Teca com 1,3% e 1,1% respectivamente. Araucária está em quinto lugar com apenas 0,3% devido a suas restringências climáticas e por último com 0.1% as demais espécies plantadas como o Mogno Africano e o Cedro Australiano, que vem ganhando espaço no mercado. Os indicativos são otimistas, mas o país precisa reforçar as iniciativas de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação associadas à disponibilização de sementes e mudas de qualidade, geração de novas tecnologias aplicada aos tratos silviculturais para diferentes sistemas de produção e biomas. A divulgação de políticas, banco de crédito para financiar e custear atividades florestais é um dos principais instrumentos para a promoção do uso sustentável da floresta e das áreas de Proteção ambiental. | pt_BR |