Caracterizacion de los sistemas de produccion y comercializacion de frutales de economia campesina en el departamento del HUILA - Colombia
Resumo
Resumo : O subsetor fruticultor do Departamento de Huila foi escolhido há muito tempo pelos huilenses, mas só formalmente a partir da construção coletiva da Agenda Interna de Produtividade e Competitividade, como uma das suas apostas produtivas mais promissórias, devido à fertilidade dos seus solos, as condições climáticas, a dedicação dos seus agricultores e a disponibilidade de recursos hídricos, vantagens que têm posicionado cada vez melhor este Departamento. E foi assim que a granadilha (Passiflora ligularis), o lulo (Solanum quitoense), o maracujá, a cholupa (Passiflora maliformis), a amora, o tomate de árvore (Solanum betaceum) e a uva foram escolhidos como os principais produtos frutícolas a serem promovidos por esta agenda. Entretanto, a gama de frutas produzidas no Departamento é muito maior, e algumas inclusive têm apresentado um crescimento significativo como a pitaia, o abacate e o melão. Este trabalho, fundamentado em estatísticas oficiais, documentos elaborados por entidades relacionadas e outros estudiosos do tema, bem como testemunhos de atores diretamente ligados ao setor, tece uma análise do comportamento dos produtos frutícolas ao longo dos últimos 9 anos no Departamento de Huila. A partir disto, tenta estabelecer as principais razões da limitada evolução deste subsetor apesar do grande potencial identificado desde uma perspectiva regional e nacional, bem como demonstrar que os atuais esquemas de comercialização contribuem negativa e significativamente para tal situação. São muitos os fatores que podem contribuir para a baixa competitividade do subsetor fruticultor do Huila: Falta de visão e desenvolvimento empresarial relacionado à pouca formação dos produtores; desordem e baixa escala na produção somados a uma baixa capacidade organizacional; altos custos de produção devido aos altos preços dos insumos, mão-de-obra, terra, água e impostos, fora o acesso limitado a capital de giro; baixa produtividade ou rendimento devido à baixa tecnologia, práticas agrícolas inadequadas, uso de sementes ou material inadequado, pouca assistência técnica, problemas fitossanitários e falta de sistemas de rega. Demonstra-se também como a maneira de comercializar estes produtos influi de forma definitiva, pois se verifica que a oferta de frutas é limitada e descontínua, o 7 manejo pós-colheita e a operação logística são altamente deficientes, e o nível de processamento é muito baixo, há um excesso de intermediação, não há sistemas de formação de preços e as volatilidades são muito altas, há muita informalidade nos mercados, abuso de posição dominante por parte dos comercializadores, grandes centros comerciais, centrais de abastecimento e industriais sobre os produtores (que têm pouca capacidade de negociação) e o governo que não adota políticas para garantir a compra ou a renda para os produtores. Após uma análise detalhada tanto do comportamento do subsetor fruticultor do Huila, usando como referência a situação nacional, como das diversas razões que têm impedido um verdadeiro desenvolvimento como o proposto para a região em sua agenda de competitividade, finalmente serão apresentadas as recomendações tanto para agentes públicos como privados, agrupadas em quatro linhas de atuação: 1. Ordenamento produtivo, 2. Associativismo, 3. Competitividade e 4. Mercados justos. Considera-se então que este trabalho pode contribuir de maneira importante, por um lado a demonstrar e explicar de forma bem fundamentada em uma pesquisa tanto de campo como documental, as situações que determinam a competitividade dos produtores frutícolas do Huila. E, a partir daí, apresentar propostas para o desenvolvimento de políticas públicas e iniciativas privadas que resolvam as grandes dificuldades enfrentadas tanto nos aspectos produtivos como nos esquemas de comercialização.