As teorias do ensino de Skinner e Roger no contexto da sociedade contemporânea

Abstract

Resumo: O presente estudo pretende estabelecer um suporte teórico em Psicologia Educacional para o planejamento do currículo. Com tal finalidade foram analisadas as concepções teóricas de Skinner e Rogers em função dos problemas que envolvem o homem na sociedade contemporânea e que repercutem no contexto da família e da escola. Nessa realidade foi identificada a tendência desumanizante do sistema social de fixar o homem dentro dos padrões rígidos das organizações sociais e de usá-lo como instrumento para promover o progresso tecnológico e industrial. Dessa análise pode-se concluir que a teoria behaviorista de ensino de Skinner adapta-se, em parte, a essa realidade, por que pressupõe a natureza estável do comportamento humano e a possibilidade de controlá-lo por meios científicos. No entanto, para Skinner, o processo ensino-aprendizagem desenvolvido na escola não deve promover apenas o progresso material, mas visar prioritariamente, o pleno desenvolvimento da natureza humana. A função do currículo, segundo Skinner, é a de estabelecer meios eficientes para que o aluno atinja objetivos anteriormente fixados. A teoria de Rogers pressupõe, ao contrário, a natureza ativa do homem e a sua capacidade de tornar-se autônomo. Este autor propõe que na escola sejam estabelecidas condições propícias para que o aluno cresça e se aperfeiçoe como pessoa. Tal enfoque pode transformá-lo num agente de transformação na sociedade contemporânea. Na concepção rogeriana o currículo deve estar centralizado no aluno e provê-lo de meios para que possa empreender o seu crescimento pessoal.

Abstract: This study intends to establish a theorical stand in Educational Psychology for the planning of curriculum. With such a goal Skinner and Rogers' theorical conceptions were analyzed in function of problems that involve wan in the contemporaneous society, reflecting also in the context of family and school. In this reality it was identified a inhumanizing tendency of the social system trying to fix man inside the social organizations rigid patterns for being used as an instrument to promote the industrial and technological progress. From this analysis we can deduce that Skinner's behaviorist theory of teaching is adapted, partly, to this reality, as it intends a stable nature of human conduct and the possibility of controlling it through scientific means. However, to Skinner the process teaching-learning developed in school do not have to promote only the material progress, but mainly to look at the complete development of human being. The curriculum function, according to Skinner, is to establish efficient means for the pupil to reach goals previously fixed. Rogers' theory intends, on the contrary, the active nature of man and his capacity of becoming autonomous. This author suggests the establishment of good conditions in school, in order the pupil can grow up and improve himself as a person. Such a point of view can transform him in an agent of transformation in the contemporaneous society. In rogerian's conception the curriculum has to be centralized towards the pupil, providing him of means which will make possible undertake his personal increase.