Avaliação do potencial de espécies vegetais na remediação de cromo e cobre em ambientes aquáticos

Abstract

A contaminação de corpos hídricos é um problema atemporal. Uma das formas de solucionar essa questão é por meio da fitorremediação, uma forma de biorremediação que utiliza plantas, em especial as macrófitas aquáticas. Uma das formas de contaminação é por metais pesados, que apesar de serem encontrados naturalmente no ambiente, o aumento de suas concentrações pode ser tóxico à flora e fauna. No intuito de estudar o potencial fitorremediador das espécies Eichhornia crassipes, Salvinia biloba e Pistia stratiotes, foi montado um experimento utilizando duas soluções que simulavam dois efluentes, com concentração de 150 ppm, de cromo e cobre. Indivíduos de cada espécie foram distribuídos em recipientes que continham as soluções e foram feitas análises com 24 horas de experimento e com 48 horas. As concentrações de metal, atividades enzimáticas e as clorofilas a, b e c, foram analisadas por espectrofotometria. As metalotioneínas foram analisadas por cromatografia líquida. P. stratiotes teve o maior fator de bioacumulação e os dados da concentração de cobre corroboram o valor encontrado. Apesar do fator de bioacumulação de cromo para S. biloba ter sido menor, o comportamento das enzimas e da clorofila mostrou que essa foi eficiente na absorção de cromo, como mostram os valores de acúmulo desse metal nas raízes. E. crassipes não suportou a concentração a que foi exposta por mais de 24 horas. Para um efluente nas condições apresentadas, P. stratiotes e S. biloba se mostraram mais adequadas para a remediação.