Matizes e resiliências do self do educador : processos de educação inclusiva e educação permanente
Abstract
Resumo: Este trabalho propõe-se a analisar como a educação especial pode instigar o processo de desenvolvimento do self do educador. O estabelecimento de diretrizes e ações não pode deixar de considerar que a implementação de uma educação inclusiva exige ousadia e coragem e, por outro lado, prudência e sensatez, seja na ação educativa concreta, seja em estudos e investigações que procurem descrever, explicar, criticar e propor alternativas para a educação inclusiva. Para tanto, apresenta como o educador pode conhecer a equipe. O diálogo é uma exigência existencial, uma relação horizontal. Na existência dos homens o aqui é um espaço histórico. Uma unidade epocal se caracteriza pela percepção de um conjunto de ideias, concepções, esperanças, dúvidas, valores, desafios em interação dialética com seus contrários, buscando plenitude. Transcorre por como o educador pode compreender a equipe. Visto como um ser em processo, crescendo e se desenvolvendo, o homem é processualmente orientado. Caracteriza-se pelo dinamismo e pela responsabilidade da mudança, interessa-se pelo passado em suas relações com o presente e o futuro; suas energias se canalizam criativamente para operar modificações no conhecimento e na instituição; ocupa-se com o ético e vê a finalidade do que planeja por si mesmo. Testifica como o educador pode incentivar a equipe a participar do dia a dia institucional. Deve haver a proposição de um modelo de organização do trabalho que favoreça o desabrochar, do que há especificamente humano no trabalho dos homens, para que o resultado seja um trabalhador que detenha uma consciência vivenciada de relações desalienadas de trabalho, crítica em ato das engrenagens desumanas do mundo que o cerca. Perpassa pelas contribuições de como o educador pode utilizar o ambiente da escola para estimular a equipe. Numa instituição onde predomina um bom ambiente, o trabalho de todos é produtivo. A ajuda mútua entre os companheiros é sinal de harmonia da coletividade. É significativo dedicar especial atenção ao desenvolvimento do âmago de coletivismo no trabalho docente. Panoramiza como o educador pode ensinar cotidianamente a equipe. O trabalho de qualquer educador carece de ser planejado. Alguns princípios gerais podem ser aplicados: o primeiro é a clareza. A dificuldade reside em parte no assunto e em parte na linguagem. O segundo é a paciência. Qualquer coisa que mereça ser ensinada leva tempo – tempo para ensinar, tempo para aprender. O terceiro princípio é o senso de responsabilidade. A mais segura salvaguarda que se pode ter é perguntar se as ideias podem ser mal-empregadas ou mal-entendidas. Conclui com educação versus trabalho: realização humana e profissional. Para corresponder à realidade, fragmentada e agressiva, a educação deve ser entendida como uma tarefa que continua e constantemente o homem deve realizar em todas as situações em que está vivendo. O quadro sócio histórico em que se pensa a educação do tempo atual, é caracterizado pelas mudanças sociais, pelo dinamismo do desenvolvimento, ou pela estagnação do subdesenvolvimento e pela aceleração da história. Ser é um trabalho de descoberta pessoal, é um trabalho onde o objetivo tem que ser alcançado pelo próprio indivíduo. O progresso tem um ritmo, o homem ao acompanhá-lo não pode esquecer de si mesmo, desgastando-se.