Documento diversos sobre as ações (e repressões) sindicais no Paraná entre os anos de 1944 e 1956.

Abstract

Neste dossiê, elaborado pela DOPS, intitulado “documentos/informações referentes ao Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Carris Urbanos de Curitiba”, há dezenas de fontes de diversas naturezas relacionadas não só ao sindicato referido, sendo a primeira delas datando de 1944. Os primeiros documentos são do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Carris Urbanos de Curitiba, e versam sobre o sindicalizado Antônio Gabardo, sobre o qual recaíam suspeitas de ser “adverso ao regime nacional”. Os documentos seguintes são sobre a União Sindical dos Trabalhadores do Paraná, constando manifesto, estatuto e notícias sobre as ações da instituição, bem como as seguidas tentativas, pelo poder público, de fechamento dela, entre 1947 e 1952. Adiante, há dois documentos de 1956 relativos ao Sindicato dos Carregadores e Ensacadores de Café de Paranaguá: um tratando da presença do agente de polícia José Francisco Tavares em suas reuniões, e outro que é um relatório dessas reuniões elaborado pelo agente mencionado. Depois, há um relatório completo, de cerca de 30 páginas, sobre as atividade do II Congresso Sindical dos Trabalhadores do Estado do Paraná, realizado nos dias 28 e 29 de julho de 1946, incluindo as entidades sindicais nacionais, estaduais e locais que o apoiaram (só em Curitiba, mais de 10 sindicatos, incluindo o de Carris Urbanos). Após o relatório, há pedidos de autorização à polícia, pela Federação dos Trabalhadores das Indústrias do Paraná, organizadora do congresso, para a utilização da Praça Osório. Há ainda três documentos, um sobre o Sindicato dos Estivadores de Paranaguá, tratando da imposição de uma junta governativa no sindicato a pedido do Ministério do Trabalho, em 1943; outro sobre a mudança de sede do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro e Similares de Curitiba; e o último sobre a presença de agentes da DOPS numa reunião do Sindicato da Indústria de Laticínios e Derivados de Curitiba, realizada em 1944. Por fim, menciono as trocas de ofícios entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários do Estado do Paraná e a DOPS, em 1944. A pedido do sindicato, a DOPS levantou a ficha do associado Euclides Ludwig, e constatou sua simpatia ao nazismo, confirmada por um relatório do agente H. Petrelli, segundo o qual Euclides sintonizava diariamente sua rádio numa emissora alemã.