dc.description.abstract | Resumo : A estimativa da riqueza de espécies de parasitos na maioria dos ambientes,
sobretudo nos ambientes aquáticos, onde estes organismos são mais diversos,
ainda é um grande desafio por conta de comprometimentos relativos à sua
taxonomia, presença de espécies crípticas e falta de recursos e pesquisadores
disponíveis. O objetivo deste estudo é averiguar a composição da comunidade
parasitária presente na ictiofauna do Rio Guaraguaçu, no Paraná, Brasil. Após a
coleta, todos os peixes foram identificados, medidos, pesados e eviscerados. As
vísceras e brânquias foram inspecionadas para separação de parasitos, que
posteriormente foram identificados. Foram calculados os estimadores de diversidade
de parasitos para as espécies hospedeiras mais abundantes do estudo, já que estas
análises se baseiam em probabilidade. Foram encontrados 157 espécimes (11
espécies) de hospedeiros, dos quais 141 (89,81%) estavam infectados por algum
parasito. Foram encontrados 4735 parasitos, pertencentes a 72 taxa (23
Monogenea, 16 Digenea, 14 Copepoda, 14 Nematoda, 4 Acanthocephala e 1
Cestoda), dos quais 10 estavam presentes em mais de uma espécie de hospedeiro.
O parasito com a distribuição mais ampla foi o Nematoda Contracaecum sp., que
colonizou 8 espécies hospedeiras. O parasito que apresentou maior intensidade
média de infecção e abundância média foi Aphanoblastella mastigatus
(Monogenea), infectando o peixe Rhamdia quelen. Os índices de Shannon-Wiener e
de Simpson foram maiores para os peixes H. malabaricus e G. iporanguensis, pois
foram os hospedeiros que albergaram maior diversidade de parasitos. A maioria das
espécies hospedeiras albergavam parasitos em distribuição pouco agregada,
segundo o índice de discrepância. Segundo o índice de Berger-Parker, houve
dominância de monogenéticos em todos os hospedeiros, com exceção de H.
malabaricus. Houveram 16 novos registros de ocorrência de parasitos, neste estudo.
Com este estudo, ressalta-se a importância do monitoramento do rio à longo prazo em
face às constantes perturbações antrópicas ocorrentes neste ecossistema, para que se
entenda as consequências destas em relação a biodiversidade e funcionamento
ecossistêmcio do ambiente. | pt_BR |