Conflitos antrópicos ocasionadores de óbitos em bugios-ruivos (Alouatta guariba clamitans, CABRERA 1940) no médio Vale do Itajaí/SC
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Date
2020Author
Silva Junior, Joel Paula da, 1997-
Metadata
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ConservaçãoFragmentação
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
Monografia Graduação DigitalAbstract
Resumo : Nos últimos anos a fragmentação vem apresentando um forte aumento por meio da ação
humana, mesmo tratando-se de um processo natural. Frente a isso, muitas espécies
apresentam tolerâncias a esse processo, a citar, por exemplo, os primatas do gênero
Alouatta, conhecidos como bugios. Estes possuem modo de vida quase que totalmente
arbóreo, descendo ao solo em casos excepcionais, na grande maioria das vezes quando
não existem corredores ecológicos para realizar travessias entre fragmentos. Isso faz
com que os bugios tenham contato direto e indiretamente com humanos, levando a
espécie a conflitos como ataque por cão doméstico, eletrocussão e atropelamentos.
Tendo em vista essa vulnerabilidade, o objetivo do presente trabalho foi analisar o
impacto antrópico na conservação de Alouatta guariba clamitans baseado em
ocorrências de conflitos recebidas pelo Centro de Pesquisas Biológicas de Indaial - SC
(CEPESBI). Os dados foram obtidos por meio do levantamento das fichas de
ocorrências de óbito e de necropsias datadas entre fevereiro de 2012 até março de 2020.
Para análise dos dados foram utilizados testes estatísticos através dos programas
Bioestat, Jamovi e R Project for Statistical Computing. Um total de 157 fichas foram
analisadas e dessas 105 foram informativas. Avaliou-se então a faixa sexo-etária dos
individíduos, no qual machos adultos apresentaram um maior índice de ocorrência (n=
44). Em relação aos conflitos observados, ataque por cão doméstico foi o mais
recorrente (n= 52), sendo que a maior parte dos conflitos ocorreram no verão. O
município com maior número de casos foi Blumenau, cidade mais populosa do Médio
Vale do Itajaí. Em relação aos fragmentos, a maior parte dos indivíduos provavelmente
viviam naqueles com tamanho até 100 ha. Assim, infere-se que a ação humana no meio
ambiente afeta negativamente a conservação do bugio-ruivo. Desta forma, pesquisas
devem ser desenvolvidas para que o impacto antrópico sobre as populações de bugios
sejam diminuídos, tendo como propósito a conservação e a diminuição das chances de
extinção.
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