| dc.description.abstract | Resumo: A toxoplasmose gestacional e congênita representa uma preocupação atualmente para a saúde pública brasileira, fato que tem apoiado a adoção de medidas voltadas à vigilância, prevenção e atuação frente aos casos, para minimização de consequências. O objetivo geral deste estudo foi conhecer indicadores de toxoplasmose congênita e em gestantes no Brasil e identificar possíveis fatores relacionados à sua ocorrência. São objetivos específicos: identificar estudos atuais sobre indicadores (de prevalência, incidência, taxas, etc) de toxoplasmose congênita e em gestantes em diferentes locais do Brasil, descrevendo suas características e principais resultados; evidenciar possíveis fatores associados à ocorrência de toxoplasmose congênita e em gestantes no Brasil, incluindo fatores de risco e fatores protetores; e fornecer uma síntese de dados com relação à toxoplasmose gestacional e congênita no contexto brasileiro, contribuindo para a proposição de possíveis medidas em âmbito locorregional ou nacional com foco na prevenção e manejo da doença. Metodologia: Trata-se de um estudo de Revisão de Escopo ou Scoping review norteado pelo Preferred Reporting Items for Systematic reviews and Meta-Analysis extension for Scoping Reviews(PRISMA-ScR) e por outras recomendações da literatura quanto à condução de revisão de escopo. A questão norteadora foi definida como: Quais os indicadores e fatores associados à ocorrência de toxoplasmose congênita e em gestantes no Brasil? Os estudos foram recuperados em bases de dados: SciELO, LILACS e MEDLINE, utilizando-se de estratégias pré-definidas. O período de análise foi de janeiro de 2016 até 19 de novembro de 2021. Resultados: Foram selecionados 29 estudos que evidenciaram prevalência de sorologia IgM em gestantes variando de 0,0% a 91,9% nas amostras, que incluem estudos de rastreamento a testagem de casos suspeitos atendidos em ambulatório. Na maioria dos estudos, a prevalência de IgM foi de até 2,4%. Com relação à sorologia IgG, a prevalência variou de 28,5% a 77,67%, indicando diferentes índices de suscetibilidade. Os possíveis fatores de risco mais citados para a infecção pelo T. gondii foram o desconhecimento de gestantes e faixa etária materna. Os fatores de proteção mais citados incluíram conhecimento ou orientação prévia a respeito da doença e a escolaridade materna. Considerações finais: essa revisão reúne dados que apontam a persistente presença do T. gondii na população brasileira, formulando um panorama atual da toxoplasmose gestacional e congênita no contexto nacional, destacando fatores associados à ocorrência da doença. Observou-se a importância de fomentar conhecimento entre profissionais de saúde com relação à doença, às medidas profiláticas e manejo dos casos, além de educação em saúde com as gestantes. Análises baseadas no território podem apontar a necessidade de ações mais abrangentes, em âmbito coletivo, considerando os fatores de risco para a doença. Novas pesquisas que retratem a ocorrência de toxoplasmose congênita e em gestantes e seus fatores associados são relevantes, sobretudo em locais para os quais não há evidências publicadas. Um conjunto de recomendações para futuras pesquisas foi fornecido, a fim de contribuir para que lacunas de conhecimento sejam sanadas | pt_BR |
