Risk factors associated with the increase of somatic cells count at cowlevel
Resumo
Resumo: A mastite é uma doença que está presente em todas as propriedades leiteiras, e que está associada a diversas perdas na cadeia leiteira que se iniciam nas propriedades e seguem até as indústrias. Esse trabalho teve como objetivo entender fatores de risco relacionados ao animal e ao manejo, que estão associados ao aumento da contagem de células somáticas (CCS) em amostras individuais de vacas e consequentemente ao maior risco de desenvolvimento de mastite subclínica. Para isso, foi utilizado o banco de dados da Associação Paranaense de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (APCBRH) com dados individuais de CCS, bem como produção de leite diária, número de partos, dias em lactação e frequência de ordenha, para assim avaliar como essas variáveis estão relacionadas com o aumento da contagem de células somáticas. Foram utilizados dois modelos lineares generalizados, um objetivando estudar o efeito das variáveis sobre a CCS individual das vacas, e outro com o intuito de estudar a probabilidade de uma vaca apresentar ou não mastite subclínica. As vacas foram caracterizadas como sadias quando apresentaram CCS = 200.000 céls/mL. Os resultados encontrados mostram que o aumento do número de lactações, está associado com o aumento da CCS individual e maiores probabilidades da vaca apresentar mastite subclínica. Uma vaca com quatro partos ou mais apresenta o dobro de células somáticas em relação a uma vaca primípara, quando o DEL é menor do que 105 dias (103.320 ± 2.451 vs 51.820 ± 1.186 céls/mL), e 3,757 (95% IC 3,616-3,902) mais chances de apresentar mastite subclínica. Padrão semelhante foi observado com a diminuição da produção de leite, porém não foi observada diferença estatística na interação com frequência de ordenha quando a produção de leite foi menor que 30 litros/dia. De maneira geral, o aumento dos dias em lactação também foi prejudicial em relação à CCS, porém ao analisar a interação entre dias em lactação e frequência de ordenha, foi observado que até 205 dias em lactação o aumento da frequência de ordenha não altera os valores de CCS. Por fim, foram observados menores valores de CCS com o aumento da frequência de ordenha de 2x para 3x ao dia. Vacas secundíparas apresentaram CCS levemente menores quando ordenhadas 3x ao dia em comparação a vacas ordenhadas 2x (85.330 ± 1.961 vs 87.290 ± 1.980 céls/mL), bem como 22% menos chances de apresentar mastite subclínica. O estudo nos permitiu concluir que todas as variáveis estudadas (dias em lactação, frequência de ordenha, número de lactações e produção de leite) afetam a CCS individual das vacas e a chance de apresentarem mastite subclínica. De uma forma geral, o aumento do número de lactações e dias em lactação elevam a CCS, enquanto o aumento da frequência de ordenha e da produção de leite reduzem a CCS. Abstract: Mastitis is a multifactorial disease that is present in all dairy farms and is associated with many losses in dairy chain that initiate at the farms and follow to the industries. This study had the objective of understanding risk factors related to cowlevel and management that are associated with the increase of milk somatic cells count (SCC) in individual cow samples, and consequently higher risk of having subclinical mastitis. For this, data base from Holstein Breeders Association of Paraná (APCBRH) with individual SCC, daily milk yield, parity, days in milk and milking frequency, was used to evaluate how these factors are related with the increase of somatic cells count in milk. Two generalized linear models were used, one with the objective of studying how these variables are related to the increase of cow’s individual SCC and another to study the probability of a cow having or not subclinical mastitis. Cows were classified as healthy if SCC = 200.000 cells/mL. The results indicate that increasing parity number is related with higher SCC in milk and higher odds of a cow presenting subclinical mastitis. A cow with four or more calvings have the of double somatic cells count compared to a primiparous cow, when DIM is lower than 105 days (103,320 ± 2,451 vs 51,820 ± 1,186 cells/mL), and 3.757 (95% CI 3.616-3.902) higher odds of having subclinical mastitis. The same pattern was observed as milk yield decreases, however it was not observed statistical difference in the interaction of milking frequency and milk production when milk yield was lower than 30 liters/day. In general, increasing days in milk was also negative for SCC, but when analyzing the interaction between days in milk and milking frequency, it was observed that until 205 days, the increase in milk frequency did not affect SCC. Lastly, it was observed lower SCC when increasing milking frequency from 2x to 3x per day. Secundiparous cows presented slightly lower SCC when milked 3x per day compared with cows milked 2x (85,330 ± 1,961 vs 87,290 ± 1,980), as well as 22% lower odds of having subclinical mastitis. The study allowed us to conclude that all variables studied (days in milk, milk yield, milking frequency and parity) affect individual cow’s SCC and the odds of having subclinical mastitis. In general, increasing parity and DIM elevates SCC, while increasing milking frequency and milk production decreases SCC.
Collections
- Dissertações [83]