A luta do povo Guarani
Resumo
A primeira parte, “A luta do povo Guarani”, começa contextualizando a história do povo Guarani. Entre o fim do século XIX e início do século XX, o território dos Guarani foi cada vez mais invadido. A implantação do Projeto Integrado de Colonização (PIC), do INCRA, na década de 1970, distribuiu o pouco que restava do território dos Ava Guarani entre colonos, tornando os Guarani intrusos em sua própria terra. Com a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, os Ava Guarani resistiram a expulsão de seus territórios e passaram a sofrer fortes pressões da Funai e da Itaipu. Foram transferidos para sua nova área em junho de 1982, mas no período dos 3 meses seguintes a água do lago de Itaipu começou a subir, cobrindo árvores frutíferas, roças e afogando animais, o que deixou os Guarani com uma estreita faixa de terra nas margens do lago. Nos anos seguintes, a comunidade sofreu duramente com doenças e fome. Em todos os casos, a FUNAI nega assistência alegando não ter recursos. A Itaipu incentivava e supervisionava a venda da madeira, sendo uma responsável pelo desmatamento da área Guarani. Em outubro de 1990 foi determinado que a Funai deveria prestar assistência alimentar e de saúde para essa comunidade até que seja resolvido o problema da falta de terra, mas o jornal afirma que essa liminar não estava sendo cumprida até hoje. Apesar de várias tentativas por parte dos Guarani, o problema de terra não teve solução. A questão de saúde na comunidade Ava-Guarani continuou precária, devido ao fato de não receberem assistência alguma. O jornal afirma que todos estes problemas ocorrem por causa da falta de terra. Trabalhar fora da área indígena é um castigo para os Guarani, pois plantam aquilo que não irão consumir e trabalham o dia inteiro em um sistema que leva à desestruturação da organização social. Novamente, são problemas que surgem por causa da falta de terra, e especificamente a falta de mata nativa e água corrente, frutos, caça, remédios naturais: elementos essenciais para a cultura Guarani. Por fim, a comunidade tem resistido contra as invasões desde sempre, mas suas terras são repetidamente expropriadas pelo Estado. Por fim, a segunda parte do jornal traz a seção “Ecologia em Foz”, escrita por Adelmo Müeller, então-presidente da Associação de Defesa e Educação Ambiental de Foz do Iguaçu (ADEAFI). Aqui, Müeller faz denúncias contra as ações destrutivas de instituições governamentais tanto passadas quanto as que estavam planejadas para o futuro. Ele conclui a seção denunciando a falta de interesse pelo governo de preservar Foz do Iguaçu.
Collections
- Povos tradicionais [770]
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