Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorBoschilia, Roseli, 1952-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.creatorSilva, Lorena Fernanda de Oliveirapt_BR
dc.date.accessioned2022-12-29T14:19:14Z
dc.date.available2022-12-29T14:19:14Z
dc.date.issued2020pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/69219
dc.descriptionOrientadora: Roseli Terezinha Boschiliapt_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa : Curitiba, 20/08/2020pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p. 175-179pt_BR
dc.description.abstractResumo: A escravidão contemporânea é um fenômeno recente na História do Trabalho no Brasil. A questão passou a chamar a atenção a partir da década de 1970, no processo de ocupação da Amazônia, onde desmatamento e formas violentas de trabalho passaram a ser frequentemente denunciadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Várias questões globais e locais contribuíram para que essa nova forma de exploração do trabalho se tornasse um problema grave no Brasil. Globalmente, a crise econômica a partir de 1970 produziu grandes mudanças na própria maneira de operar da economia capitalista, precarizando as relações de trabalho e intensificando os processos de terceirização (HARVEY, 2014). Internamente, houve investimentos governamentais para ocupação da região Amazônica, onde muitos trabalhadores eram levados e fixados através do endividamento (FIGUEIRA, 2004). Somam-se, ainda, as políticas neoliberais adotadas no Brasil a partir dos anos 1990, que agravaram as desigualdades já existentes no país e precarizaram ainda mais as relações de trabalho tanto nos setores públicos como privados. Nesse cenário de flexibilização, o fenômeno do trabalho compulsório começou a se multiplicar. Chamado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) de "trabalho forçado", no Brasil, essa forma de exploração foi historicamente associada à escravidão, sendo chamada de "trabalho análogo ao de escravo" ou "escravidão contemporânea". Desde a década de 1990, a questão deixou de ser restrita ao mundo rural, e passou a ser frequentemente registrada nos centros urbanos brasileiros, principalmente envolvendo imigrantes na costura em São Paulo, trabalhando em pequenas oficinas domésticas. Nesse caso, a escravidão contemporânea esteve profundamente relacionada ao processo de flexibilização do capitalismo, já que, apesar da aparência doméstica e artesanal, as pequenas oficinas de costura funcionam como extensões fabris terceirizadas das confecções brasileiras. Desde 2010 o Ministério do Trabalho e Emprego, através da Secretaria de Inspeção do Trabalho, tem desenvolvido investigações específicas voltadas à erradicação do trabalho escravo na capital paulista. Essas inspeções geram como documento final o "Relatório de Fiscalização", documento que utilizamos como fontes para a nossa pesquisa. Trata-se de uma documentação bastante ampla, que conta com os registros produzidos nas inspeções, anotações, fotografias, depoimentos e ainda, se a oficina foi ou não autuada por registrar "trabalho análogo ao escravo" e quais os critérios utilizados na autuação. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de compreender a atuação das equipes de erradicação do trabalho escravo e as narrativas desenvolvidas pelos auditores do trabalho sobre o que caracteriza a escravidão contemporânea nas oficinas de costura de São Paulo, mas também, analisar os depoimentos prestados pelos resgatados e resgatadas nessas inspeções. Buscamos analisar a narrativa dos auditores do trabalho sobre a escravidão contemporânea nas oficinas, mas também, compreender essas relações a partir daqueles que a vivenciaram: trabalhadores e trabalhadoras da costura, compreendendo, dessa maneira, costureiros e costureiras resgatados em trabalho análogo ao escravo como sujeitos históricos. Palavras-chave: Escravidão contemporânea. Confecção paulista. Oficinas de costura.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: The contemporary slavery is a recent phenomenon in Brazilian History of Work. The question started to draw attention from the 1970's, during the process of occupation of the Amazon region, where the deforestation and violent forms of labour began to be frequently denounced by the Pastoral Land Commission - Comissão Pastoral da Terra (CPT). Several global and local issues contributed for that this new mode of labour exploitation became a serious problem in Brazil. Globally, the economic crisis from 1970 produced great changes in the way that the capitalist economy operated, deteriorating the labour relations, and intensifying the outsourcing processes (HARVEY, 2014). Internally, there where governmental investments for the Amazon region occupation, to where many workers were taken, being posteriorly fixe by indebtedness systems (FIGUEIRA, 2004). In addition, there were still the neoliberal's politics adopted by Brazil since the 1990's, that aggravated the inequalities already existent in the country, harming even more the labour relations both in public and private sectors. In this scenery of huge flexibilization, the compulsory work phenomenon started to multiply. Called "forced labour" by the International Labour Organization (ILO), this mode of exploitation was historically associated to the slavery in Brazil, being locally called "slave-like labour" or "contemporary slavery". Originally, these situations where concentrated in the rural regions, but since the 1990's the question was no longer restricted to the rural areas, becoming frequently registered in great Brazilian urban centres, usually involving immigrants who worked in small home sewing workshops in São Paulo city. In these cases, the contemporary slavery was profoundly related to the capitalist flexibilization process, since despite the domestic and handmade appearances, these small sewing workshops effectively work as outsourced factory extensions of large Brazilian clothing companies. Since 2010 the Labour and Employment Ministry - Ministério do Trabalho e Emprego -, through the Labour Inspection Secretariat, has developed specific investigations aiming at eradicating slave labour in São Paulo city. These inspections generate as final documents the "Inspection's Reports" - "Relatórios de Fiscalização", that we utilize as research sources. It's a very ample documentation, that includes the registries produced during the inspections, as photography, notes and testimonies, besides the information of if the workshop was accused of "slave-like labour", and whose criteria were utilized in the assessment. This thesis was developed with the objectives of comprehending the actuation of these teams responsible for the eradication of slave work, and to analyse the narratives elaborated by the labour auditors about what characterizes the contemporary slavery in these São Paulo's workshops, but also analyse the testimonials given by the rescued workers during these inspections. Thus, we tried to analyse the narrative of the labour auditors about the contemporary slavery in the workshops, but also comprehend these relations from the point of view of those who experienced it: textile and sewing workers, understanding, in that way, those seamstress rescued from the slave-like work as historical subjects. Keywords: Contemporary slavery. São Paulo's textile companies. Sewing Workshops.pt_BR
dc.format.extent1 recurso online : PDF.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectEscravidão - Brasilpt_BR
dc.subjectIndustria textil - São Paulopt_BR
dc.subjectTrabalho forçadopt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.title"Ojala no se olvide de otras personas bolivianas que tambien necesitan su ayuda" : as inspeções de combate ao trabalho análogo ao escravo nas oficinas de costura de São Paulo (2010-2016)pt_BR
dc.typeDissertação Digitalpt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples