A educação da gestante como medida de prevenção da excepcionalidade infantil
Date
1991Author
Bolsanello, Maria Augusta, 1948-
Metadata
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Grávidas - EducaçãoAssistencia pre-natal
Gravidez - Complicações e sequelas
Psicologia
Cuidado pre natal
Gravidez - Psicologia
Educação
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DissertaçãoAbstract
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo estudar as principais causas da excepcionalidade infantil, decorrentes do período gestacional e identificar os fatores psicossociais que as motivam precisando as medidas educacionais necessárias à sua prevenção. Entretanto, devido a complexidade do tema, a pesquisa apresenta limitações provenientes de sua própria natureza. Os pressupostos que sustentaram a pesquisa foram: a) a gestante não possui informações suficientes que lhe permitam estabelecer uma associação entre cuidados durante a gestação e prevenção da excepcionalidade infantil; b) a gestante não possui informações suficientes que lhe permitam estabelecer uma associação entre frequência ao pré-natal e prevenção da excepcionalidade infantil; c) a gestante necessita de um espaço, dentro do atendimento pré-natal, onde possa receber a informação e a orientação de que precisa para evitar a morte ou a excepcionalidade infantis e onde possa expor suas dúvidas e ansiedades decorrentes do período gestacional; d) o atendimento pré-natal é condição necessária para prevenir a excepcionalidade infantil. Desta forma, o pré-natal, além do atendimento médico, deve propiciar à gestante, um atendimento psicoeducacional, desencadeando-se num processo de formação de Recursos Humanos e Educação Permanente. A revisão da literatura foi efetuada a partir de um estudo sistemático, dentro do qual foram destacados os seguintes pontos: a) aspectos bio-fisiológicos e psicossociais da gravidez, relacionados com a etiologia da excepcionalidade? b) aspectos relacionados à assistência pré-natal inadequada e sua relação com a excepcionalidade infantil? c) a assistência pré-natal como processo de educação permanente e formação de recursos humanos na prevenção da excepcionalidade infantil. Foram entrevistadas 50 parturientes, no Hospital Victor do Amaral, em Curitiba. A confrontação dos dados obtidos evidenciou que, apesar do grupo estudado pertencer a nível socioeconômico baixo, encontrou-se dentro dos padrões considerados ideais para a reprodução e para a frequência ao pré-natal. A maioria das entrevistadas entende que fatores como frequência ao pré-natal, complicações, doenças e vícios (fumo, álcool e drogas) na gestação, atingem a saúde do recém-nascido, contudo não são capazes de lhe causar excepcionalidade. As parturientes demonstraram predomínio de crenças culturais e deficiência educativa em relação à etiologia de ura bebê excepcional, apesar de possuírem níveis de escolaridade. Por outro lado, a maioria do grupo estudado apontou as deficiências educacionais da assistência pré-natal, e tentando superá-las, buscou informações e orientações para suas dúvidas e incertezas junto a parentes e amigas. Concluiu-se que a assistência pré-natal pode e deve constituir-se num espaço de educação permanente e formação de recursos humanos, com impacto altamente positivo na promoção da saúde materno-infantil e prevenção da excepcionalidade Para tanto, sugeriu-se a mobilização dos órgãos governamentais, dos profissionais envolvidos na área e da Universidade, no compromisso com as necessidades e aspirações da mulher gestante, no respeito aos princípios da igualdade e da justiça social.
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