Reconstituição de dinâmicas familiares entre cativos e forros a partir de registros paroquiais : Santo Antônio da Lapa, 1769 - 1830
View/ Open
Date
2014Author
Oliveira, Andressa Lopes de, 1991-
Metadata
Show full item recordSubject
Familia - HistóriaEscravidão
Historiografia
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
Monografia Graduação DigitalAbstract
Resumo : Santo Antonio da Lapa caracterizou-se como local de passagem e de invernagem de tropas cujo destino era Sorocaba. A abertura do Caminho do Viamão, iniciada em 1730, impulsionou a ocupação desta localidade. Deste modo, ela foi se transformando, paulatinamente, em um pequeno povoado e conquistando a qualidade de freguesia em 1769 e de vila em 1806. Sua economia, como a de outras regiões do Brasil colonial, era baseada na mão-de-obra escrava. A maioria dos proprietários lapeanos, assim como os de outras regiões do território paranaense, possuía entre 1 e 5 cativos, e os maiores plantéis pertenciam a um pequeno número de fazendeiros, cujo as posses variavam entre 16 e 30 escravos. Estes números são muito inferiores se comparados aos das áreas de plantation. Embora os estudos acerca das relações sociais próprias aos cativos - especialmente a formação de relações de parentesco e de sociabilidade - venham sendo recorrentes na historiografia brasileira, as relações familiares em cativeiro ainda foram pouco exploradas em regiões pequeno-escravistas e com plantéis majoritariamente crioulos, como é o caso do Paraná setecentista. Visando contribuir com este tema, o objetivo do presente estudo é o de verificar a viabilidade e as nuances da constituição de famílias cativas na região de Santo Antonio da Lapa, onde as atividades econômicas e a estrutura da posse de escravos eram completamente distintas dos grandes centros exportadores: a mão de obra escrava era a base de uma economia voltada à pecuária e à agricultura de subsistência.
Palavras-chave: Família; Escravidão; Santo Antonio da Lapa