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dc.contributor.authorPoffo, Bianca Natália, 1988-pt_BR
dc.contributor.otherSouza, Doralice Lange dept_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Educação Físicapt_BR
dc.date.accessioned2019-01-29T20:02:09Z
dc.date.available2019-01-29T20:02:09Z
dc.date.issued2018pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/58156
dc.descriptionOrientadora: Profa. Dra. Doralice Lange de Souzapt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Educação Física. Defesa : Curitiba, 30/07/2018pt_BR
dc.descriptionInclui referências: p.171-177pt_BR
dc.description.abstractResumo: Alguns estudos têm apontado que a cobertura midiática do esporte paralímpico vem crescendo. Vários desses estudos, no entanto, também têm questionado a abordagem dessa cobertura, que pode tanto gerar percepções positivas quanto negativas em relação às pessoas com deficiência. Considerando essa realidade, investigamos a compreensão de pessoas com deficiência física, atletas e não atletas, a respeito da cobertura dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016. Essa pesquisa foi de cunho qualitativo, descritivo e exploratório, e inspirou-se em algumas características dos estudos de recepção. Os dados foram produzidos com base em entrevistas coletivas estabelecidas durante os Jogos, envolvendo um total de 14 interlocutores. Um dos grupos foi composto por seis atletas de uma equipe masculina de basquetebol em cadeira de rodas; o segundo grupo incluiu cinco atletas de uma equipe de esgrima em cadeira de rodas; o terceiro grupo foi formado por três frequentadores da Associação de Assistência ao Paraplégico (APAP). De modo geral, todos os interlocutores consideraram que a cobertura midiática do evento foi escassa e que deveria ter recebido maior destaque nos meios de comunicação. Ainda assim, apesar desse este apontamento inicial, os não atletas fizeram elogios aos conteúdos abordados e se mostraram mais satisfeitos com o que foi exibido. Já os atletas, devido à sua vivência e afinidade com o esporte, apresentaram uma visão mais crítica. Eles consideraram alguns profissionais da mídia despreparados, pois identificaram informações equivocadas nas narrações das competições e nas notícias. Eles também identificaram a reprodução de estigmas e preconceitos em conteúdos veiculados, bem como apontaram que as matérias enfocavam mais as deficiências e as histórias de vida supostamente tristes e trágicas dos desportistas do que as suas conquistas esportivas. No geral, os atletas afirmaram se sentir incomodados com discursos que se referem aos atletas paralímpicos como "coitadinhos" só porque eles têm uma deficiência. Eles igualmente afirmaram não apreciar discursos que colocam os atletas como super-heróis porque obtiveram êxito esportivo "apesar" das suas deficiências. Eles entendem que as conquistas dos atletas são fruto de treinamento, dedicação e disciplina, e que, portanto, não são algo extraordinário, que os eleva à uma categoria de super-humanos. Os desportistas também se mostraram frustrados com o fato de a mídia não criticar os atletas paralímpicos quando estes apresentaram um rendimento abaixo do esperado, como se eles fossem frágeis e precisassem ser protegidos. Outra crítica deles foi sobre a tendência da mídia não cobrir modalidades que contemplem deficiências as quais possam causar estranheza ao público. Em suma, para os atletas, a mídia deve tratá-los como atletas, enfocando menos as suas deficiências e mais a sua trajetória e suas conquistas esportivas. Os resultados deste estudo oferecem subsídios que podem contribuir para a qualificação da mídia na cobertura do esporte paralímpico. Palavras-chave: Jogos Paralímpicos. Discurso midiático. Atletas paralímpicos. Esporte paralímpico.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: Some studies have pointed out that the media coverage of the Paralympic sport has been growing. Several of these studies, however, have also questioned the quality of this coverage, which can both generate positive and negative perceptions regarding people with disabilities. Considering this reality, we investigated the perception of people with disabilities, athletes and non-athletes, regarding the coverage of the Rio 2016 Paralympic Games. This research was qualitative, descriptive and exploratory, and was inspired by some characteristics of the reception studies. The data were produced based on focus groups established during the Games, involving a total of 14 interviewed. One of the groups was composed of six athletes from a male basketball team in a wheelchair; the second group included five athletes from a fencing team in a wheelchair; the third group was formed by three members of the Paraplegic Assistance Association (APAP). In general, all the participants considered that the media coverage of the event was scarce and that it should have received greater attention in the media. Nevertheless, despite this initial remark, non-athletes praised the contents and were more satisfied with what was shown. The athletes, due to their experience and affinity with the sport, presented a more critical view. They found some media professionals unprepared because they identified misinformation in competition narratives and in the news. They also identified the reproduction of stigmas and prejudices in contents presented, as well as pointed out that the subjects focused more on the disabilities and supposedly sad and tragic life histories of athletes than their sports achievements. Overall, athletes reported feeling uncomfortable with speeches that refer to Paralympic athletes as "poor little" just because they have a disability. They also said they did not appreciate speeches that put athletes as superheroes because they had achieved sporting success "despite" their disabilities. They think that the achievements of athletes are the result of training, dedication and discipline, and therefore are not something extraordinary, which elevates them to a category of superhumans. Athletes were also frustrated that the media did not criticize Paralympic athletes when they performed poorly, as if they were fragile and needed to be protected. Another criticism of them was about the tendency of the media not to cover modalities that contemplate disabilities that may cause strangeness to the public. In short, for the athletes, the media should treat them as athletes, focusing less on their disabilities and more on their trajectory and their sports achievements. The results of this study offer subsidies that can contribute to the qualification of the media in the coverage of the Paralympic sport. Keywords: Paralympic Games. Mediatic discourse. Paralympic athletes. Paralympic Sport.pt_BR
dc.format.extent201 p. : il. (algumas color.).pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectJogos paraolímpicospt_BR
dc.subjectEducação Físicapt_BR
dc.subjectMídias sociais - Comportamentopt_BR
dc.subjectAnálise do discursopt_BR
dc.subjectEsportes para deficientes fisicospt_BR
dc.titleA cobertura midiática sobre os Jogos Paralímpicos Rio 2016 : um estudo a partir da perspectiva de pessoas com deficiênciapt_BR
dc.typeTese Digitalpt_BR


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