A neurofobia entre alunos e professores do curso de medicina
Date
2018Author
Tensini, Tallulah Spina
Metadata
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Monografia Especialização DigitalAbstract
Resumo : Introdução: Neurofobia é um fenômeno descrito em 1994 por Josefowicz em que a dificuldade do estudante em aplicar seus conhecimentos em ciências básicas em situações clínicas determina uma aversão deste à neurologia clínica e neurociências. Embora seja um fenômeno global, com prevalência de até 47% (KAM et al., 2013) pouco se sabe sobre este fenômeno no Brasil. Objetivos: Aferir a prevalência de neurofobia entre alunos e professores de um curso de medicina. Comparar a prevalência de neurofobia com a de cardiofobia nesta população. Métodos: Todos os alunos e professores médicos maiores de 18 anos vinculados do quarto ao sétimo período de um curso de medicina em CuritibaPR receberam um convite eletrônico para participar deste estudo. No convite constava um link para um questionário on-line para dados epidemiológicos e escalas sobre neurofobia e cardiofobia (tradução e adaptação de Fantaneanu et al., 2014). Foram excluídos os sujeitos que não aceitaram o termo de consentimento livre e esclarecido ou que não completaram o questionário. Resultados: Ao todo, 202 alunos e 54 professores foram convidados a participar da pesquisa, destes, 64 (32%) alunos e 17 (32%) professores foram incluídos. Não houve diferença na prevalência de neurofobia (23%) e cardiofobia (32%) entre os alunos (p=0,27). A prevalência de neurofobia (14%) e cardiofobia (10%) foi menor entre os professores porém sem diferença
estatisticamente significativa em relação à prevalência de neurofobia (p=0,53) ou cardiofobia (p=0,1) entre os alunos. Os alunos classificaram a neurofobia como uma das especialidades mais difíceis em medicina mais frequentemente do que a cardiologia (p=0,001). Não houve associação entre neurofobia e sexo (p=0,7), prática de atividade física (p=0,16) ou social (p=0,15), do tempo dedicado aos estudos (p=0,33) ou do período do curso (p=0,45) entre os
alunos com e sem neurofobia. Conclusão: A prevalência de neurofobia foi semelhante entre alunos e professores e semelhante à prevalência de cardiofobia nesta população. Não
houve associação entre neurofobia e características epidemiológicas dos alunos.
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