Filosofia, cinema e emancipação : o uso de filmes nas aulas de filosofia do ensino médio como estratégia para a construção da nova sensibilidade marcuseana
Abstract
Resumo: O presente trabalho de conclusão de curso tem, como um dos seus principais objetivos, redefinir o espaço e papel dos filmes nas aulas de Filosofia do Ensino Médio. Buscamos defender a potencialidade do cinema como instrumento capaz de transformar a realidade, através da construção de uma nova sensibilidade nos estudantes. Para tanto, primeiramente, buscamos desfazer alguns preconceitos em relação ao uso do cinema nas aulas de filosofia, demonstrando como os filmes podem ser um recurso metodológico interessante para discentes e docentes, se bem utilizado em todas as etapas do processo ensino-aprendizagem da Filosofia, a saber, a mobilização para o conhecimento, a problematização, a investigação e, por fim, a criação de conceitos. Num segundo momento, investigaremos as reflexões do teórico crítico Herbert Marcuse sobre o caráter revolucionário da experiência estética. De acordo com o filósofo, estaria na arte - e aqui colocamos o cinema como arte que integra todas as outras - uma das principais potencialidades para a transformação da realidade, uma vez que nos proporciona uma experiência diferenciada com o mundo a partir do desenvolvimento de uma nova sensibilidade fundamental para a revolução radical das velhas formas de vida. Por fim, indicamos algumas sugestões de filmes que podem ser utilizados nas aulas de filosofia, bem como recomendações de metodologia para o trabalho com estes filmes em sala de aula, visando provar que o cinema, enquanto arte emancipadora, pode ser não só um recurso interessante, mas mais uma porta para a aprendizagem significativa e transformadora de educandas e educandos.