Fragilidade branca : a resistência dos discentes brancos de um colégio público de Ponta Grossa [PR], frente à política pública de Ações Afirmativas de reserva de vagas (cotas) para negros em Curso Superior
Abstract
Resumo: Este trabalho apresenta a dificuldade que a etnia branca tem em aceitar os avanços sociais de outras etnias. A escritora estadunidense Robin Diangelo deu o nome a esse fenômeno de Fragilidade Branca. Esse conceito foi utilizado em uma pesquisa no Colégio Agrícola Estadual Augusto Ribas porque há uma resistência do corpo discente na questão das cotas raciais para o ensino superior. A pesquisa foi realizada no ano de 2017 com alunos e alunas dos primeiros e segundos anos. Foi utilizado um questionário com três perguntas descritivas sobre o tema cotas raciais. A fundamentação teórica foi da autora que cunhou o termo Fragilidade Branca, Robin Diangelo, do filósofo Jean Paul Sartre, da escritora brasileira Eliane Cavalleiro e do brasileiro Joel Rufino dos Santos. Nas respostas dos discentes se confirma a tese de Diangelo: os brancos se sentem acuados quando saem de sua zona de conforto. A maioria dos alunos e alunas são contra as cotas raciais porque sentem que as vagas nas universidades é um direito deles. Com esses resultados o Colégio Agrícola e a Equipe Multidisciplinar poderão planejar projetos voltados a comunidade discente onde combaterá o racismo que existe no meio dos alunos e alunas do estabelecimento. Para a disciplina de filosofia o planejamento de certos temas como o racismo utilizando Sartre será melhor entendido por alunos e alunas.