Minha trajetória na saúde mental : superação na doença, vencendo os desafios da educação
Resumo
Resumo: A saúde mental e a complexidade envolvida em torno de algumas doenças que
afetam a mente humana despertaram o interesse pela área em função de minha luta
para vencer a enxaqueca, um problema de saúde mais predominante em mulheres.
Metodologicamente me apoio em Ferrarotti (1981). Minha principal dificuldade, além
de muitos problemas durante a vida escolar, foi com os médicos na busca de
tratamentos eficazes e embora sendo assistente social eu mesma não pude ampliar
minhas possibilidades de assistência. A enxaqueca é um dos 150 tipos de cefaleia
existentes. Os sintomas são diversos e podem acometer desde crianças a idosos.
No tratamento geralmente são utilizadas medicações para a depressão, epilepsia,
dores crônicas e anti-inflamatórios. Atualmente a depressão é uma doença
incapacitante que requer atenção da Saúde Pública. Meu olhar sob a ótica do
Serviço Social juntamente com o meu problema de saúde mental ampliou o olhar
para a importância do bom atendimento em todas as etapas da vida. Contudo, um
grande obstáculo no trabalho com a saúde mental é a rede de serviços de saúde,
faltam médicos especializados para a demanda, ocasionando morosidade no
tratamento e prejudicando todo o histórico médico e social. Uma questão relevante
que constatei é a falta de comunicação entre os órgãos das políticas públicas. Além
disso, na minha experiência profissional tenho presenciado muito a falta de recursos
financeiros das famílias para custear tantas despesas com o doente mental.
Lamentavelmente essa condição de vulnerabilidade é causada pela exploração da
força de trabalho pelos detentores dos meios de produção, ou seja, é o capitalismo
impondo a divisão de classes, trabalhadora/burguesia. A desigualdade social é
encoberta por políticas públicas focalizadas o que inviabiliza a plena atuação do
assistente social