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dc.contributor.advisorLacerda, Roseli Boerngen de, 1955-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologiapt_BR
dc.creatorScheit, Debora Joana Fachinpt_BR
dc.date.accessioned2022-11-11T13:54:27Z
dc.date.available2022-11-11T13:54:27Z
dc.date.issued2004pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/547
dc.descriptionOrientadora : Roseli Boerngen de Lacerdapt_BR
dc.descriptionDissertaçao (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Biológicas, Programa de Pós-Graduaçao em Farmacologia. Defesa: Curitiba, 2004pt_BR
dc.descriptionInclui bibliografiapt_BR
dc.description.abstractResumo: O objetivo principal deste estudo foi dar continuidade ao desenvolvimento de um modelo animal de dependência ao etanol por livre escolha em camundongos, realizando a sua validação farmacológica. Um grupo de camundongos (n=60) foi exposto ao modelo de livre escolha entre soluções etílicas (5% e 10%) e água, que consistiu em um procedimento dividido em quatro fases: livre escolha (LE - 10 semanas), abstinência (AB - 2 semanas), reapresentação (RE - 2 semanas) e adulteração (AD - 2 semanas), enquanto que outro grupo tinha acesso apenas à água (grupo controle, n=10) no mesmo período. Os animais foram alojados individualmente com ração à vontade. Durante todo o experimento, os consumos de água e etanol foram avaliados diariamente. Com base no consumo individual de etanol (g/kg) em cada uma das fases, os camundongos foram classificados em 3 grupos: "dependentes" (D, n= 15), que apresentaram alto consumo e preferência pelo etanol sem reduzir o consumo na fase de adulteração; "pesados" (P, n= 14) alto consumo e preferência pelo etanol com redução na fase de adulteração, e "leves" (L, n= 16) que apresentaram preferência pela água e baixo consumo de etanol durante todas as fases. Seu comportamento foi avaliado nos aparelhos labirinto em cruz elevado, campo aberto e caixa de movimentação espontânea, antes do início do procedimento de livre escolha e 5 horas após a suspensão do etanol durante o período de abstinência. Os grupos dependente e pesado apresentaram comportamento sugestivo de ansiedade 5 horas após a suspensão da administração do etanol, ou seja, diminuíram a ambulação no campo aberto e aumentaram o tempo de permanência no centro do labirinto, sugerindo a presença de síndrome de abstinência. Após a exposição ao modelo de livre escolha, os animais D, P e L foram distribuídos para o tratamento com naltrexona (0,0 – 0,125 – 2,0 e 16,0 mg/kg i.p.) ou com salina. Cada animal dos grupos designados para tratamento com naltrexona recebeu todas as doses que foram administradas na seguinte ordem: 2,0 – 0,125 – 16,0 mg/kg e a dose de naltrexona 0,0 mg/kg (injeção de salina) foi administrada entre as outras doses utilizando o método de distribuição por quadrado latino. Cada dose foi administrada por 2 dias consecutivos e entre as doses foi dado um intervalo de 4 dias. Os camundongos tiveram livre escolha entre água e etanol 30 minutos após a administração da naltrexona e tiveram acesso somente à água durante o intervalo de 4 dias entre as doses. Os animais dos grupos D, P e L designados para receber salina foram submetidos às mesmas condições e ao mesmo esquema experimental do grupo tratado com naltrexona. Os 10 animais do grupo controle receberam as doses de naltrexona e foram divididos em 2 grupos: metade continuou com acesso somente à água (Controle+H2O) e metade passou a ter acesso à água e às soluções de álcool (Controle+LE). Os consumos de etanol e de água foram quantificados durante um período de 90 min e de 24 h a partir do acesso às soluções. A naltrexona reduziu significativamente o consumo de etanol na avaliação durante 90 minutos para o grupo pesado e uma redução não significante para o grupo dependente. O consumo de água não foi afetado significativamente. Estes resultados sugerem que a naltrexona reduziu o consumo de etanol porém apenas nos animais com consumo controlado. Isso sugere uma ação da naltrexona sobre o reforço positivo do etanol e que influenciaria mais os bebedores controlados, os quais estariam consumindo etanol pelas suas propriedades reforçadoras positivas. Os animais dependentes que perderam o controle sobre a ingestão do álcool não seriam responsivos à naltrexona questionando-se a sua sugerida ação anti-craving. São discutidas as validades de face e preditiva deste procedimento propondo como um modelo "naturalista" de dependência para camundongos que permite caracterizar diferentes níveis de consumo de etanol numa maneira análoga ao que se observa em humanos.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: To further the understanding of the neurobiology of alcohol addiction, the present study was undertaken with the aim of validating pharmacologically a mouse model of alcohol addiction. A group of mice (n=60) was offered ethanol solutions (5% and 10%) and water in a free choice paradigm consisting of four phases: free choice (FC - 10 weeks), withdrawal (W - 2 weeks), re-exposure (RE - 2 weeks) and adulteration (AD - 2 weeks). A control group of mice (n=10) only had access to water. The animals were housed individually with food ad libitum. During all the experiment, ethanol and water intake were measured daily. Based on the individual ethanol intake (g/kg), the mice were characterized into 3 groups: dependent (D, n=15), being those which presented high ethanol intake and preference for ethanol without reducing their intake when ethanol solutions were adulterated with quinine; heavy drinker (H, n=14), being those which showed high ethanol intake and preference for ethanol but reduced their intake when ethanol solutions were adulterated with quinine; and light drinker (L, n=16), being those which presented low ethanol intake and preference for water. The animals’ behavior was evaluated in the activity cages, open field and elevated plus maze before the self-administration treatment and during the withdrawal period 5 hours after the ethanol withdrawal. D and H groups exhibited anxiety in the withdrawal period evaluation manifested through the ambulation reduction in the open field and the increased time spent in the center of the plus maze. These observations suggest withdrawal syndrome manifestation. After the exposure to the free-choice model, D, H and L groups were distributed to naltrexone (0.0; 0.125; 2.0 and 16.0 mg/kg) or saline i.p. treatment. Each animal received all doses of naltrexone in the following sequence: 2.0 – 0.125 – 16.0 mg/kg and the 0.0 mg/kg (saline injection) was administered between two doses of naltrexone according to Latin square distribution procedure. Each naltrexone dose was administered in two consecutive days and then, a four-day interval was given. Mice had free choice among water and ethanol solutions 30 minutes after the naltrexone administration and had access to water during the four-day interval between naltrexone doses. D, H and L mice designated to receive saline treatment were submitted to the same procedure. The control group (n=10) received the same naltrexone treatment schedule: five mice had access to water (Control+H2O) and the other five ones had free choice among water and ethanol solutions (Control+FC). Ethanol and water intake were measured during 90 minutes and 24 hours after the liquid access. Naltrexone reduced ethanol intake significantly in the H group and nonsignificantly in the D group with no effect on water intake. These data suggest that naltrexone reduced ethanol consumption only in the controlled drinkers suggesting its role over the positive reinforcing properties of ethanol. Naltrexone had no effect in the dependent mice which had lost their control over ethanol consumption suggesting its inefficacy as anti-craving drug. It is discussed the face and predictive validities of this procedure as a "natural" mouse model of addiction that allows different levels of alcohol consumption to be characterized in a manner analogous to that observed in humans.pt_BR
dc.format.extent117f. : il., grafs., tabs.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectTesespt_BR
dc.subjectFarmacologiapt_BR
dc.subjectAlcool - Dependenciapt_BR
dc.titleDesenvolvimento de um modelo animal para dependencia de etanol em camundongos : validaçao preditivapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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