O efeito das divergências entre as normas do Banco Central do Brasil e IFRS no conservadorismo das demonstrações contábeis dos bancos listados na BM&FBovespa
Resumo
Resumo : Diversos estudos buscaram analisar o impacto do processo de convergência nas empresas não financeiras, no entanto desde 2010, as instituições financeiras têm elaborado suas demonstrações em dois padrões – o Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) e a Internacional Financial Reporting Standards (IFRS). O propósito deste estudo foi identificar qual foi o impacto econômico financeiro que as divergências entre IFRS e as normas do Banco Central causaram nas demonstrações financeiras. A realização das análises teve por base as demonstrações financeiras de 2011 a 2013 de seis bancos que se adequaram a pesquisa por possuir uma carteira acima de um milhão de clientes e divulgarem suas demonstrações consolidadas em IFRS e Local. Foram selecionados indicadores representativos dos blocos de análise proposto por ASSAF NETO, para os quais foram calculados os indicadores dos blocos de solvência e liquidez, capital e risco, rentabilidade e lucratividade. Os resultados foram bem conclusivos ao evidenciar a diferenças entre as normas contábeis IFRS e BRGAAP. Assim identificou quase que na maioria dos bancos analisados, que as demonstrações IFRS são mais conservadoras em relação ao BRGAAP. No entanto quando se avalia resultados, é notório perceber que a contabilidade brasileira divulga resultados mais conversadores, o que pode ser facilmente explicado quando se analisa a classificação dos ativos, critério estipulado pelas normas do BACEN e que é utilizado na constituição da PECLD. Por fim as análises evidenciaram que as normas contábeis internacionais causam impacto, diretamente na estrutura do balanço e classificação das contas, distorcendo os resultados dos indicadores quandocomparado pelo balanço BRGAAP.
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