Dinâmica, estrutura e prognose florestal em área explorada sob regime de manejo florestal na Amazônia Sul Ocidental
Resumo
Resumo: A complexidade da estrutura florestal na Amazônia e a falta de mecanismos e recursos financeiros dificultam o estudou da dinâmica das florestas nativas e com isso ao manejador de realizar a prognose da produção florestal. O método probabilístico da Cadeia de Markov foi proposto por Higuchi (1987, 1997, 2007) e Sanquetta (1996), o qual apresentou a potencialidade da matriz probabilística. O método determinístico de Meyer (1952) é utilizado para o cálculo da floresta balanceada com uso do quociente "Q" de De Liocourt (1898). O conjunto dessas técnicas oferece ao manejador uma previsão de manejo da produção florestal para os próximos ciclos de corte. O presente trabalho estudou a estrutura e dinâmica florestal da unidade de produção anual (UPA) Tabocal, localizada à Floresta Estadual do Antimary, a que foi explorada em 2000 e monitorada pela Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA), em 1999, 2001, 2004, 2007 e 2011. O trabalho utilizou o conjunto dessas técnicas para efetuar o estudo da dinâmica e a prognose da produção florestal dessa unidade, além de analisar os efeitos da exploração na estrutura e concluiu que a área está em recuperação sendo que seu volume original foi compensado em 12 anos pósexploratórios. A utilização da Cadeia de Markov foi aprovada para estudar a dinâmica florestal antes e depois da exploração, bem como demonstrou ser eficiente na prognose da produção florestal na Amazônia. O modelo exponencial de floresta balanceada de Meyer comprovou que a floresta se encontra em franca recuperação, o que comprova o resultado obtido pela Cadeia de Markov. Novos estudos devem ser realizados para avaliar ainda a qualidade dessa reconstituição vegetal. O resultado da aplicação das ferramentas foi considerado eficiente pelo que recomendasse a continuidade deste tipo de estudos na Amazônia Sul Ocidental, a qual carece desse tipo de pesquisas. A proposta permite que o exercício ofereça, ao manejador florestal amazônico, uma prática constante da ferramenta de prognose apresentada, pois pode ser aplicada a cada medição e novos ajustes e previsões podem ser elaboradas, as que servirão para avaliar as medidas silviculturais adotadas e efetuar o planejamento estratégico, operacional e táctico do manejo florestal futuro na busca do conceito de "Floresta de Produção", atendendo o princípio da sustentabilidade florestal na exploração madeireira na Amazônia.
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- MBA em gestão florestal [393]