Trabalho e organizações capitalistas : análise dos aspectos humanos no trabalho
Resumo
Resumo: Neste estudo serão apresentados três aspectos do trabalho, sendo eles, o trabalho em sua essencialidade humana, como foi configurado nas organizações capitalistas, e como se apresenta na atualidade. O estudo apresenta também que o sistema capitalista estabilizou um constante consumismo para que pudesse manter seus níveis de produtividade em ascensão, e como isso influencia diretamente na continuidade da sobrevivência humana através de fatores ambientais e de sustentabilidade. Inicialmente, o estudo apresenta as primeiras concepções do trabalho, sendo atividade orientada para um fim, visando satisfazer as necessidades humanas, em consonância com a natureza e com o coletivismo. Posteriormente apresenta as passagens históricas que compuseram as escolas administrativas de Taylor, Ford e Fayol, até as relações humanas, sendo que tais passagens são apresentadas de forma crítica, para que se tenha o entendimento de que a essência do capitalismo instaurado está em proporcionar lucratividade somente a uma cúpula, enquanto a maioria da população se apresenta privada de compartilhar de riquezas, vivendo em um ambiente restrito à condição de sobrevivência. Estas passagens históricas também relatam a busca constante por tornar a população naturalmente conformada com a situação imposta, de modo que não questionem e não procurem alterar tal cenário. Desta forma as escolas buscam comprometer os trabalhadores de corpo e alma, durante o período do trabalho e também fora dele, para que o sistema capitalista seja mantido. A concepção do trabalho na atualidade foi moldada em consonância com o ocorrido no decorrer da história, portanto o estudo apresenta que atualmente têm-se ambientes organizacionais capitalistas que buscam através de metodologias de treinamento, desenvolvimento e ações de qualidade de vida, o mantenimento e o aumento da produtividade dos trabalhadores. Através deste estudo é possível notar também que o sistema capitalista apresenta-se em ascensão tanto na parte produtiva, aumentando os níveis de lucratividade e produtividade dentro das organizações, quanto na parte consumista, incentivando os trabalhadores para que se tornem cada vez mais consumidores de produtos fabricados para durar pouco, afim de, abastecer um círculo vicioso capitalista. O marketing, mídia e publicidade fazem seus papéis em criar novas necessidades para que os indivíduos tenham que se adequar também nas categorias de status, diferenciação social e acessibilidades. A consequência de todo este sistema é a escassez de recursos naturais, o aumento da poluição, o afastamento da sustentabilidade necessária para que seja possível a sobrevivência humana e o mantenimento da alienação dos indivíduos, de forma que os mesmos não percebem o ocorrido. Quanto mais passam as gerações, mais o sistema capitalista torna-se culturalmente algo natural que não deve ser questionado, por que sempre foi assim desde o início dos tempos. Finalmente o estudo relata que é possível modificar tal situação que se apresenta estável. Esta possibilidade se resume em estabelecer espaços de conscientização através de abordagens críticas, para que os indivíduos possam refletir a respeito da realidade atual e então considerar as possibilidades para modificação deste cenário.