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dc.contributor.advisorMartins, Ana Paula Vosne, 1961-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Históriapt_BR
dc.creatorMelo, Flávia da Rosapt_BR
dc.date.accessioned2023-01-18T12:34:25Z
dc.date.available2023-01-18T12:34:25Z
dc.date.issued2017pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/47941
dc.descriptionOrientadora : Profª Drª Ana Paula Vosne Martinspt_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História. Defesa: Curitiba, 22/03/2017pt_BR
dc.descriptionInclui referências : f.245-253pt_BR
dc.description.abstractResumo: Em 1939 John Steinbeck publicou o romance As Vinhas da Ira. Contou a história da jornada dos Joad, uma família de meeiros do interior de Oklahoma, que após perderem as terras para o banco como ocorria com centenas de outras famílias da região, partiram para a Califórnia em busca de um recomeço no trabalho sazonal. A história dos Joad foi uma analogia com a realidade histórica: milhares de famílias migrantes do interior dos Estados Unidos tiveram o mesmo destino durante a década de 30. Ao mesmo tempo em que a Grande Depressão Econômica assolava o país desde 1929 fechando indústrias, bancos e formando nos grandes centros urbanos uma multidão de desempregados e miseráveis, os Estados Unidos passaram pela pior crise ecológica da história. O interior do país foi assolado pela seca e pelas Dust Bowl, tempestades de poeira e terra que varreram os campos e plantações, levando ao colapso o meio rural estadunidense. Assim, uma realidade histórica serviu de cenário para Steinbeck contar a jornada daquela família e refletir acerca da questão dos trabalhadores e a crise econômica e social dos Estados Unidos. O livro vendeu milhões de cópias e os temas e protagonismos de alguns personagens causaram uma grande polêmica: a partir do romance a ?ameaça vermelha? parecia ser real, mas foram principalmente as mulheres da família Joad que mais suscitaram críticas e condenações morais por terem atitudes demasiado transgressoras por conta de um tema quase sacralizado, o amor materno. Em meio ao imenso sucesso que fez o romance, em 1940 estreou nos cinemas de Hollywood sob a direção de John Ford a adaptação fílmica homônima. Todavia, a trama tem um final bem diferente e podemos afirmar, não conta a mesma história: os Joad do filme deixaram de simbolizar a crítica ao capitalismo para entrarem em consonância com os valores norte-americanos sobre a família, o trabalho e a união. As personagens femininas Vó Joad, Ma Joad e Rosasharn foram reconduzidas para as idealizações da cultura patriarcal de uma maternidade passiva. Esta dissertação teve por objetivo identificar e analisar o processo de construção dessas duas obras culturais e a itinerância das suas representações de gênero, principalmente da feminilidade e da maternidade. Simultaneamente, procurou-se explorar como estas obras culturais se relacionam com históricas lutas dos Estados Unidos. Reações a este novo mundo do capitalismo liberal ocorriam desde as últimas décadas do século XIX. Movimentos trabalhistas, sufragistas, feministas e de luta pelos direitos das minorias sustentavam um verdadeiro desejo de mudança e transformação que despontou durante a Crise Econômica e contra o qual forças reacionárias se levantaram através das mídias de massa. Palavras-chave: História e Cinema; História e Literatura; Gênero; Grande Depressão;pt_BR
dc.description.abstractAbstract: In 1939, John Steinbeck published the novel The Grapes of Wrath. The novel tells the story of the Joad family, sharecroppers from the Oklahoma's countryside that, after loosing their lands to the bank, as happened to hundreds of families from that region, left to California searching for a new beginning working on seasonal jobs. The Joads' story was an analogy to the historical reality: thousands of migrating families from the countryside had the same destiny during the 30's in America. As the Great Depression devastated the country since 1929, shutting down industries and banks and creating vast urban centers with masses of unemployed and beggars, the United States went through the worst ecological crisis of its history. The inlands of the country were wiped out by the drought and the Dust Bowls, storms of dust and dirt that blew through the fields leading to the collapse of the american rural setting. Thus, an historical reality became the scenario to Steinbeck's story and to a reflection on the workers' matter and the social and economical state of the United States. Millions of copies of the book were sold, and the subjects and some character's protagonisms caused a major polemic: in the novel, the "red scare" seemed real, but were the women of the Joad family who mainly engendered criticism and moral condemnation for their overly rebellious actions of an almost holy matter, the maternal love. In the light of the novel's enormous success, the homonymous movie debuted in Hollywood in 1940, under the direction of John Ford. However, the movie plot has a very distinct end and, we can affirm, does not tell the same story: the Joads from the movie no longer symbolized the critics to the capitalism, in order to be in consonance with north american's values of family, work and union. The female characters Grandma Joad, Ma Joad and Rosasharn were lead to represent the ideals of the patriarchal culture of passive motherhood. This master thesis aimed to identify and analyze the construction process of both pieces, and the itinerance of their gender representation, manly when it comes to femininity and motherhood. Simultaneously, it was sought an exploration of how book and movie related to the historical fights of the United States. Reactions to this new world of liberal capitalism had been happening since the last decades of the XIX century. Labor movements, suffragettes, feminists and fights for minorities' rights sustained a true wish of change and transformation that has been unfolding since the Economical Crisis, which the reactionary forces stood up against through mass media.pt_BR
dc.format.extent121f.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectHistóriapt_BR
dc.subjectCinema e históriapt_BR
dc.subjectCinema - Estados Unidospt_BR
dc.subjectLiteratura e históriapt_BR
dc.subjectGêneropt_BR
dc.titleMulheres da grande depressão : a intinerância das representações femininas e maternas no romance e filme As vinhas da ira - Estados Unidos (1930-1940)pt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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