dc.description.abstract | Resumo: As indústrias de madeira processada mecanicamente passam por um momento difícil. Na atualidade o processo de readaptação do setor é extremamente necessário. Uma alternativa é a produção de Produtos de Maior Valor Agregado (PVMA), tais como pisos, molduras, portas e painéis colados lateralmente (EGP – Edge Glued Panel). O EGP consiste em sarrafos de madeira unidos pelo topo ou não, colados lateralmente. O objetivo deste trabalho é avaliar o setor de produção de EGP de uma indústria, baseando-se em níveis de produtividade de matéria-prima e mão-de-obra. A empresa onde foi realizado este estudo é a Battistella Indústria e Comércio Ltda., localizada em Rio Negrinho, Santa Catarina. Foram coletados os dados de produção no período de três meses, entre Dezembro de 2008 e Fevereiro de 2009, através de arquivos do setor de planejamento e controle de produção, do setor de qualidade, e dados coletados pelo autor. Os dados avaliados foram: produtividade de matériaprima (ou rendimento), produtividade de mão-de-obra, tempo de paradas não programadas e descarte de peças prontas. Os mesmos serviram de base para determinar a situação atual do setor de produção e sugerir ações para melhorar os resultados avaliados. A produtividade de matéria-prima apresentou bons resultados em relação às metas estipuladas pela empresa em todas as etapas, exceto na operação Refiladeira, isto porque esta operação engloba a classificação dos sarrafos onde a baixa qualidade da matéria-prima em alguns casos foi determinante para o resultado onde a produtividade esteve 11% abaixo da estipulada pela empresa. A produtividade de mão-de-obra apresentou resultados abaixo das metas estipuladas pela empresa em todas as etapas de produção. As maiores diferenças, inferiores a 20% da meta, deram-se nas operações de Alta Freqüência e Esquadrejadeira. A avaliação de tempo parado apresentou alguns resultados preocupantes, onde se notam paradas por falta de matéria-prima que chegaram a um dia perdido por mês, em média. Os descartes de peças prontas apresentaram os seguintes resultados: peças para Recorte, 1,42% do total das peças produzidas; para Conserto, 3,79%; peças Rejeitadas, 2,32%. Ou seja, em média, foram enviadas para retrabalho 7,54% das peças acabadas, um índice alto. Porém, apenas 30% destas peças são rejeitadas, o resto é retrabalhado e enviado novamente ao processo. Com isso pode-se concluir que a produtividade da matéria-prima da empresa está de acordo com suas metas. Entretanto, a produtividade de mão-de-obra está abaixo do esperado. Muito disto é explicado pelas paradas não programadas que atrasam a produção e perdem tempo útil dos funcionários, além das peças descartadas que desperdiçam matéria-prima e também tempo dos funcionários, pois além do tempo de produção destas peças, tem-se o tempo necessário para o retrabalho das mesmas. | pt_BR |