dc.description.abstract | Resumo: A técnica de espectroscopia no infravermelho pode ser uma ferramenta útil e
vantajosa no processo de identificação de madeiras, uma vez que o aparelho é
versátil, de fácil mobilidade e, o mais importante, as amostras podem ser maciças,
exigem pouco preparo e os resultados são obtidos mais rapidamente. Cada material
absorve, transmite e reflete a luz em determinados comprimentos de onda, de
acordo com a composição anatômica e química, o que leva a identificação e
separação das espécies. Foram estudadas imagens sacras, relíquias históricas, as
quais retratam a arte barroca religiosa do século XVIII, com intuito de testar nova
técnica de identificação das espécies utilizadas na confecção das peças e orientar o
restauro. O material foi procedente do atelier Relicário de Conservação e
Restauração de Bens Culturais Ltda., do estado de Minas Gerais. As amostras eram
pequenos fragmentos das obras, identificados anatomicamente com auxílio de um
microscópio Olympus CX-40 com câmera digital Olympus Camedia C3000 acoplada.
O equipamento utilizado foi um espectrofotômetro FTIR Tensor 37 da marca Bruker,
operando na faixa do infravermelho próximo entre 4000 cm-1 e 10000 cm-1. As
leituras do infravermelho foram efetuadas em absorbância com resolução de 4 cm-1
e 64 varreduras, diretamente dos fragmentos de madeira, na superfície longitudinal,
num total de 20 espectros por obra. A análise dos espectros foi feita através da
Análise de Componentes Principais (PCA) e Análise por Agrupamento, com o auxílio
do software The Unscrambler®, versão 10.1 Através da análise de componentes
principais (PCA) e de agrupamento, foi possível concluir que a técnica é promissora
na identificação das espécies na arte sacra, mas se mostra sensível ao estado do
material analisado, como por exemplo, vestígios de tintas, colas e outras resinas,
além da degradação. | pt_BR |