Avaliação radiográfica da estabilidade esquelética em pacientes submetidos à osteotomia sagital do ramo mandibular e fixação com dois parafusos bicorticais
Abstract
Resumo: Introdução: A osteotomia sagital do ramo mandibular é utilizada para o tratamento de deformidades dentofaciais. Um dos fatores preponderantes para o sucesso da técnica é a fixação dos segmentos ósseos, sendo a fixação interna estável o método de eleição. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a estabilidade dos movimentos mandibulares, após realização de osteotomia sagital do ramo mandibular e fixação por meio de dois parafusos bicorticais aposicionais, de forma linear, na linha oblíqua. Materiais e Métodos: Foram selecionados, em sequência, 13 pacientes submetidos à cirurgia ortognática, movimentos lineares tanto de recuo quanto de avanço, envolvendo a mandíbula (procedimentos mono ou bimaxilares), estando ou não envolvida a osteotomia basilar de mento. Foram realizadas
telerradiografias em norma lateral nos períodos pré-operatório, pós-operatório imediato (uma semana após o procedimento) e pós-operatório tardio (seis meses após o procedimento). Nestes exames foi obtida a medida da distância da Linha Vertical Verdadeira até o ponto B e realizado comparações entre as medidas a fim de avaliar a estabilidade. Os dados foram submetidos à análise estatística através do modelo de análise da variância com medidas repetidas. Resultados: A análise dos dados evidenciou que não há diferença estatisticamente significante entre as medidas obtidas no pós-operatório de seis meses e pós-operatório imediato para todos os indivíduos da amostra, independente do movimento realizado ou da associação com procedimento cirúrgico na maxila (p>0,05). Cirurgias com envolvimento apenas de mandíbula (n=4), p=0,611 e cirurgias bimaxilares (n=9), p=0,686. Conclusão: A fixação da osteotomia sagital do ramo mandibular, com dois parafusos bicorticais aposicionais, de forma linear, na região de linha oblíqua, promove estabilidade esquelética. Estudos futuros com amostragem maior e avaliação de outros parâmetros clínicos e radiográficos são necessários para a validação da técnica.