Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorTamanini, Marlene, 1960-pt_BR
dc.contributor.authorFurlin, Neivapt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Sociologiapt_BR
dc.date.accessioned2020-08-03T17:19:34Z
dc.date.available2020-08-03T17:19:34Z
dc.date.issued2014pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/36056
dc.descriptionOrientadora: Profª. Drª. Marlene Tamaninipt_BR
dc.descriptionAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalpt_BR
dc.descriptionTese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia. Defesa: Curitiba, 27/03/2014pt_BR
dc.descriptionInclui referênciaspt_BR
dc.descriptionÁrea de concentração: Sociologiapt_BR
dc.description.abstractResumo: Esta tese é um estudo sobre a docência feminina na teologia em instituições católicas de ensino superior. Ao longo da história, o campo do saber teológico se caracterizou como um lugar predominantemente masculino, sendo estruturado como não inteligível para as mulheres. Essa concepção, estrategicamente sustentada, fez com que as mulheres fossem mantidas longe da produção das ideias, da metodologia e da epistemologia que produziu saberes teológicos, por centenas de anos, salvo raras exceções. Tal situação tem profundas raízes na cultura das relações de poder, que produziram os saberes no catolicismo e em outras religiões. A exclusão feminina precisou deparar-se com novos constructos para, desde a concepção de novas perspectivas de Igreja e de sujeitos, emergir como tema das relações de poder que precisavam ser modificadas. Desse modo, o contexto cultural contemporâneo produziu as possibilidades para a inserção de mulheres como estudantes e como profissionais nos cursos de teologia. Esse fato não foi isolado, isso porque, a partir da década de 1970, as mulheres, em geral, foram se inserindo em diferentes áreas acadêmicas, impulsionadas por um contexto de transformações socioculturais. Apesar dessa conquista, os índices da participação feminina na docência em teologia são bem reduzidos, quando comparados com as outras áreas das humanidades. Daí porque, nesta tese buscamos compreender como as mulheres se produzem sujeitos femininos de saber teológico, num lugar marcado por uma lógica de gênero de ordem simbólica masculina e evidenciar como são as dinâmicas de poder e de gênero que perpassam os processos de inserção e de construção da docência feminina. Os dados necessários à pesquisa foram coletados por meio de um questionário enviado a todas as Instituições Católicas do Brasil, que possuíam graduação em teologia e por meio de quatorze entrevistas com mulheres docentes de três instituições. As análises foram desenvolvidas com base na perspectiva de gênero, em sua relação com as ciências sociais. Entre as conclusões deste estudo, constatamos que a participação reduzida das mulheres na docência em teologia tem conexão com a reprodução histórica de representações simbólicas de gênero, inscritas nos discursos e nas práticas das instituições de ensino. Também foi possível compreender que o tornar-se professora, sujeito feminino de saber, é uma experiência tensa em relação aos dispositivos de poder da ordem masculina, instaurada nas instituições teológicas. No entanto, as docentes, por meio do seu engajamento social e de suas experiências situadas, produzem uma ética de si, ressignificando o sistema simbólico de gênero e afirmando-se politicamente na diferença, como estratégias do seu devir sujeitos femininos de saber teológico. É uma subjetividade que se constitui, dentro e fora da lógica do poder hegemônico, no vivido da história presente, porém como um processo nunca completo, sempre em estado de devir, numa espécie de nomadismo subjetivo. Mesmo que nem sempre reconhecidas e em meio a tensões e contradições, as docentes produzem suas ferramentas políticas de poder para ocupar espaços de liderança, inaugurar práticas inovadoras, produzir saberes, criando as suas condições e possibilidades de agência como mulheres. Palavras-chave: Relações de gênero. Subjetividades. Docência feminina. Ensino superior. Teologia Católica.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: This thesis is a study on female teaching of theology at Catholic institutions of higher education. Throughout history, the field of theological knowledge has been characterized as predominantly male and structured as unintelligible for women. This conception, strategically sustained, kept women from the production of ideas, methodology and epistemology that produced theological knowledge for hundreds of years, with few exceptions. This situation has deep roots in the culture of power relations, that produced the knowledge in Catholicism and other religions. The female exclusion has had to face new constructs, from designing new prospects of church and subjects, to emerge as a theme of power relations that needed to be modified. Thus, contemporary cultural context has produced the possibilities for the insertion of women as students and as professionals in theology courses. This was not an isolated occurrence, because, from the 1970s on, women in general have been inserting themselves in different academic areas, driven by a context of socio-cultural changes. Despite this achievement, the rate of female participation in theology teaching are quite low when compared with other areas of the humanities. That is why in this thesis we aim to understand how women produce female subjects of theological knowledge, in a place marked by a logic of male gender symbolic order and show how are the dynamics of power and gender that underlie the processes of integration and construction of female teaching. The data needed for the research were collected through a questionnaire sent to all Catholic institutions of Brazil who had degrees in theology and through interviews with fourteen women faculty from three institutions. The analysis was based on gender perspective in its relationship with the social sciences. Among the findings of this study, it was found that the reduced participation of women in theology teaching has a connection with the historical reproduction of symbolic representations of gender inscribed in the discourses and practices of educational institutions. It was also possible to understand that becoming a teacher, a female subject of knowledge, is a tense experience regarding the devices of power of the masculine order, established in theological institutions. However, the professors, through their social engagement and their specific experience, produce an ethic of self, giving new meaning to the gender symbolic system and asserting themselves politically in the difference, as strategies of their being women becoming subjects of theological knowledge. It is a subjectivity that is built, inside and outside the logic of hegemonic power, lived in the present history, but never as a complete process, and always in a state of becoming, in a kind of subjective nomadism. Although not always recognized and amid tensions and contradictions, the professors produce their political power tools to occupy leadership positions, usher in innovative practices, produce knowledge, creating their conditions and possibilities of agency as women. Key words: Gender relations. Subjectivities. Female teaching. Higher education. Catholic theology. .pt_BR
dc.format.extent345f. : il., algumas color., tabs.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectTesespt_BR
dc.subjectRelações de gêneropt_BR
dc.subjectTeologia - Estudo e ensinopt_BR
dc.subjectSubjetividadept_BR
dc.subjectProfessoraspt_BR
dc.subjectEnsino superiorpt_BR
dc.subjectSociologiapt_BR
dc.titleRelações de gênero, subjetividades e docência feminina : um estudo a partir do universo do ensino superior em teologia católicapt_BR
dc.typeTesept_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples