Rompendo com o silêncio
Date
2014Author
Silva, Adriane Alves da
Metadata
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Dissertaçõesxmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
DissertaçãoAbstract
Resumo:No presente estudo investigou-se o tratamento dado à oralidade nas aulas de Língua Portuguesa nas séries finais do Ensino Fundamental (6ª série ao 8º ano) da Rede Municipal de Educação de Curitiba. A oralidade, nesta pesquisa, é compreendida sobre dois vieses de análises: a questão dos gêneros orais e da comunicação em sala de aula. Buscou-se identificar as diferentes concepções que os professores apresentam sobre oralidade e assim, relacioná-las com as práticas de gêneros orais que ocorrem nas aulas (os gêneros mais usuais, o desenvolvimento do trabalho, os objetivos alcançados, os problemas enfrentados, as principais lacunas e as possíveis soluções existentes). Pretendeu-se, também, analisar a comunicação em sala de aula por meio dos diálogos e da recepção da fala espontânea dos alunos. A relação entre currículo e oralidade também foi contemplada nesta pesquisa. O corpo de análises foi composto por observações de aulas de Língua Portuguesa na Escola Municipal Papa João XXIII, questionários aplicados aos professores, uma roda de conversas com alunos, atividades envolvendo gêneros orais desenvolvidas com os alunos, entrevista com a coordenadora da área de Língua Portuguesa do município, com uma pedagoga e uma das professoras, além de análises dos PCNs e das Diretrizes Municipais de Língua Portuguesa, visando compreender as concepções de oralidade contidas nestes documentos que norteiam os planejamentos dos docentes. As discussões sobre a linguagem encontram-se centradas na teoria enunciativo-dialógica do Círculo de Bakhtin, para o qual a enunciação é de natureza essencialmente social e, sendo assim, a interação verbal é o seu fundamental meio de concretização e análise. Visando entender a oralidade nesta perspectiva, foram mobilizados os conceitos de alteridade, dialogismo, plurilinguismo, gêneros do discurso e discurso citado. Para as reflexões sobre a questão curricular e as práticas pedagógicas envolvendo a oralidade, recorreu-se a autores da área da educação como Miguel Arroyo, Henry Giroux, Gimeno Sacristán, Paulo Freire, Jean-Claude Forquin e Philippe Perrenoud entre outros. Dentre os principais resultados obtidos, encontram-se a percepção da ausência de um trabalho efetivo com os gêneros orais e a falta da compreensão da importância do papel formativo-subjetivo e inalienável que a oralidade exerce nos sujeitos.
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