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dc.contributor.authorFerraz, Maria Isabel Raimondopt_BR
dc.contributor.otherLabronici, Liliana Maria, 1957-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúde. Programa de Pós-Graduação em Enfermagempt_BR
dc.date.accessioned2014-08-27T15:22:47Z
dc.date.available2014-08-27T15:22:47Z
dc.date.issued2013pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1884/35822
dc.description.abstractResumo: A violência conjugal contra a mulher é um problema de saúde pública que afeta a multidimensionalidade feminina. Trata-se de pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica, desenvolvida na Delegacia da Mulher em Guarapuava, Paraná, e que teve como objetivo: compreender o significado de coexistir com o agressor após a denúncia da violência conjugal na Delegacia da Mulher. Entre março e agosto de 2012 foram entrevistadas 14 mulheres, vítimas de violência conjugal, que permaneceram no convívio com o agressor após denunciá-lo. Os discursos foram interpretados à luz do referencial filosófico de Maurice Merleau-Ponty, dos quais emergiram dois temas: Corporeidades antagônicas, e Fragmentos de corporeidades femininas vítimas de violência conjugal. Assim, percebeu-se que trata-se de um fenômeno existencial no qual o conflito está presente cotidianamente, e pela ausência de diálogo gera desarmonia e instabilidade no relacionamento do casal, o que não possibilita a construção de uma relação quiasmática, de complementaridade, porquanto ambos são corporeidades antagônicas que não se percebem, não se sentem e nem se tocam harmonicamente. Independentemente da denúncia, o agressor não demonstrou uma postura de abertura para deixar-se perceber e sentir, a fim de possibilitar um movimento de aproximação que permitisse o encontro, o diálogo, e a resolução dos conflitos sem violência. O uso do álcool pelo companheiro contribuiu para precipitar a violência, modificou o ser e estar no mundo, afetou a relação do casal, de modo a colocá-los em um movimento existencial de afastamento e aproximação nos momentos de conflitos e agressões, que se manifestavam pela violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral, expressas por tapas, chutes, empurrões, tentativas de estrangulamento, cárcere privado, ameaças de morte, xingamentos, e relações sexuais forçadas. A partir do vivido, os corpos femininos incorporaram a linguagem degradante e pejorativa expressa pelos agressores, e diante do espelho, perceberam a existência de uma imagem corporal distorcida e negativa, que culminou na diminuição da autoestima, lhes causou dor, sofrimento e angústia. O vivido deixou marcas visíveis e invisíveis nos corpos femininos, que aos poucos adoeceram, e isso mostra que necessitam de um cuidado sensível. Destarte, a Enfermeira, enquanto corpo cuidador, deve adotar uma postura diferenciada diante desses corpos mediante um olhar atentivo, uma postura de abertura, aproximação e acolhimento, que possibilite a expressão das necessidades, angústias, medos, dúvidas, enfim, que permita a expressão do outro na sua totalidade, a fim de que possa perceber a face que não se mostra. A Enfermeira deve ter um olhar hermenêutico, capaz de interpretar, captar o invisível no visível, a fim de identificar as necessidades dos corpos femininos, que guiarão o planejamento e a implementação de ações voltadas para um cuidado sensível.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectTesespt_BR
dc.titleCorpos negados na violência conjugalpt_BR
dc.typeTesept_BR


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