Recuperação imune em pacientes com Anemia de Fanconi após transplante de Medula Óssea Alogênico
Date
2013Author
Beltrame, Miriam Perlingeiro
Metadata
Show full item recordSubject
TesesAnemia de Fanconi
Transplante de medula óssea
Transplante de células-tronco hematopoéticas
Sistema imunológico
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TeseAbstract
Resumo: A Anemia de Fanconi (AF) é uma doença hereditária autossômica recessiva, caracterizada pela falha/aplasia de medula óssea (MO). A falha da hematopoese resulta na depleção do reservatório de células estaminais da medula óssea, o que leva à anemia grave, neutropenia e trombocitopenia, e o paciente necessita de intervenções terapêuticas frequentemente, incluindo o transplante de células-tronco hematopoéticas (HSCT), com o objetivo da reconstituição celular normal. Método. Neste estudo, foi realizado uma análise detalhada da distribuição das subpopulacões linfocitárias T, B e NK no sangue periférico, por citometria de fluxo, de 23 pacientes com Anemia de Fanconi, antes e após o transplante de medula óssea (TMO), nos dias D+30, D+60, D+100, D+180, D+270 e D+360. Em pararelo, foram comparados os dados dos pacientes no pré e pós transplante (D+360) com o grupo controle. Além disso, foram comparados os grupos de pacientes que receberam medula óssea doadores relacionados e não relacionados, pré e pós-TMO, nos períodos descritos acima. Resultados. Após o transplante, foram observadas diferentes cinéticas de recuperação para as distintas subpopulações de linfócitos, quando comparados com os parâmetros de prétransplante. As células NK foram as primeiras a recuperar, seguidas pelos linfócitos T citotóxicos CD8+, linfócitos B e, finalmente os linfócitos T auxiliares CD4+. A recuperação inicial foi às custas dos linfócitos T de memória que seriam, portanto, potencialmente derivados do enxerto, enquanto que, os linfócitos T virgens, recém emigrados do timo, de fenótipo CD31+CD45RA+, CD4+ ou CD8+, aumentaram somente seis meses após do transplante, na presença de profilaxia imunossupressiva para doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH). Enquanto que pequenas diferenças foram observadas na recuperação precoce dos linfócitos T citotóxicos CD8+ entre os pacientes que receberam TMO aparentado e não aparentado, casos com DECH mostraram diferenças marcantes quando comparados com outros pacientes. Conclusões. Os resultados enfatizam a importância da quantificação das subpopulações linfocitárias no sangue periférico, para melhorar a monitoração e seguimento de pacientes com Anemia de Fanconi que receberam transplante de medula óssea.
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