Estudo citogenético comparativo entre populaçoes de uma espécie de Astyanax (Characidae, Tetragonopterinae) endemica do Rio Iguaçu
Abstract
O rio Iguaçu, caracterizado pelo alto endemismo relacionado à ictiofauna, possui pelo menos 8 espécies do gênero Astyanax: A. sp.A, A. sp. B, A. sp. C, A. sp. D, A. sp. E, A. sp. F e A. altiparanae. A espécie Astyanax sp. D vive em cabeceiras de pequenos rios. Foram feitas análises cromossômicas em A. sp.D de três populações provenientes de dois riachos da margem direita e um da margem esquerda do alto rio Iguaçu. Nas três localidades, os indivíduos analisados apresentaram um número diplóide modal de 50 cromossomos, distribuídos em 2 pares de cromossomos metacêntricos, 12 de submetacêntricos, 3 de subtelocêntricos e 8 de acrocêntricos (NF=84). Não foi detectado dimorfismo sexual cromossômico. Dentro de todas as populações foi verificada uma variação interindividual com relação ao número e localização de
bandas heterocromáticas. Ao comparar os blocos C positivos das três localidades, estes se mostraram semelhantes. Através da mensuração das variações cromossômicas estruturais (inversões paracêntricas) identificadas pelo bandamento C, foi possível obter freqüências “alélicas” e “genotípicas” de dois pares cromossômicos polimórficos (18 e 19), sendo que cada par possui dois morfotipos. As freqüências, em todas as localidades, se mostraram concordantes com as proporções esperadas pelo equilíbrio de Hardy-Weinberg. Quando comparadas, as populações apresentaram freqüências “alélicas” e “genotípicas” estatisticamente similares, evidenciando semelhanças populacionais. A estatística-F foi usada para descrever uma possível estruturação entre as populações. Os valores obtidos através da análise de Fs t referente a dois pares cromossômicos polimórficos indicam que não há estruturação populacional, e que as populações provavelmente se comportam como uma só
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