Efeito da lesao da substância negra, parte compacta, sobre o aprendizado de duas versoes do labirinto aquático de Morris em ratos
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Data
2013-11-06Autor
Silva, Marcio Henrique de Carvalho
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Sabe-se há tempos que existem vários sistemas cerebrais de aprendizado e memória em mamíferos. Entre eles, os melhor caracterizados são os sistemas dependentes da formação hipocampal e do neoestriado que, em humanos, armazenam memórias episódicas e procedurais, respectivamente. Neste trabalho estudamos o efeito da lesão de uma estrutura que aferenta o estriado, a substância negra, parte compacta (SNc) de ratos, sobre duas variações da tarefa de aprendizagem e memória – o labirinto aquático de Morris. Ratos Wistar machos adultos com lesões bilaterais na SNc induzidas por MPTP e conseqüente depleção de DA no estriado foram treinados nesta tarefa. Estes animais são um
modelo da fase inicial da doença de Parkinson (DP). Na versão estímulo-resposta (S-R) desta tarefa os animais partiram sempre do mesmo ponto do labirinto aquático para encontrar uma plataforma submersa que foi mantida sempre no mesmo lugar em todos os 8 dias de treino. No 9º os ratos nadaram livremente no labirinto sem a plataforma. Na versão espacial da tarefa os animais partiram de diferentes pontos do labirinto de forma a não poderem associar de forma rígida a posição de dicas visuais específicas com a localização da plataforma. Os ratos
com lesão na SNc apresentaram um déficit apenas na versão S-R da tarefa. Estes resultados sugerem que a SNc e o estriado participam do armazenamento de um tipo especial de memória não-flexível, onde um grupo de estímulos visuais é associado a uma resposta motora de se aproximar da plataforma de forma rígida. Este resultado está de acordo com as propriedades esperadas para uma memória procedural, dependente da integridade da via nigro-estriatal, lesada na DP
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