Propriedades biomoduladoras da arabinogalactana (Aragal) de Anadenanthera colubrina (Angino branco) Mariana Piemonte Moretao
Date
2013-11-06Author
Moretao, Mariana Piemonte
Metadata
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TesesBioquímica
Polissacarideos
Macrofagos
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TeseAbstract
A flora brasileira é fonte de polissacarídeos interessantes os quais, em seus estados nativos ou submetidos a modificações estruturais, podem ter potenciais aplicações como modificadores da resposta biológica (MRB). Um heteropolissacarídeo ácido, contendo principalmente galactose e arabinose (ARAGAL), isolado da goma da árvore leguminosa nativa Anadenanthera colubrina (Angico Branco), foi estudado
quanto aos seus efeitos imunomoduladores e antitumorais. Com este objetivo, foram avaliadas em células do exudato peritoneal (PEC), a capacidade de elicitar macrófagos para a cavidade peritoneal, a produção de ânion superóxido, óxido nítrico e TNF-a, a atividade fagocítica, as alterações morfológicas, a percentagem de macrófagos ativados e os efeitos antitumorais contra o Sarcoma-180. A ativação de
macrófagos mostrando citoplasma aumentado, núcleos grandes e claros, várias projeções citoplasmáticas, habilidade de espalhamento, foi detectada in vitro, em células exposta à ARAGAL, e in vivo em células obtidas de animais tratados. A exposição in vitro à ARAGAL aumentou a ocorrência de macrófagos ativados de forma tempo- e dose-dependentes, uma vez que ~82% das células estavam ativadas em presença de 300 mg.mL-1 de ARAGAL após 24 h de incubação e ~91% após 48h. Após tratamento i.p. com 100, 250 e 500 mg.kg-¹ de ARAGAL os
macrófagos também foram ativados, mostrando a preparação ~60, ~75 e ~75% de células ativadas respectivamente. A atividade elicitora de células foi observada pelo tratamento dos animais com 50, 100 ou 200 mg.kg-¹ de ARAGAL, que aumentou o número de PEC em ~18%, ~44% e ~88%, respectivamente. O ensaio para fagocitose mostrou que 25 mg.mL-¹ de ARAGAL foram suficientes para desencadear
a capacidade fagocítica máxima. A produção de O2 - por macrófagos de animais tratados com ARAGAL foi 70% maior que a de macrófagos de animais não tratados. Além disso, células de animais tratados responderam ao PMA, o efeito se tornou 25% maior que o controle utilizando animais não tratados. Porém, não se observou aumento na produção de óxido nítrico nas condições experimentais analisadas. ARAGAL também aumentou em 26 vezes a produção de TNF-a por macrófagos peritoneais. Macrófagos tratados in vitro por 18 h com ARAGAL, foram capazes de matar células do Sarcoma-180, como observado pelas estruturas destas células dentro de citoplasma dos macrófagos. ARAGAL promoveu um efeito antitumoral contra o Sarcoma-180 sólido; uma inibição do crescimento de ~39% foi detectada quando os animais foram tratados com 100 mg.kg-¹ do polímero, e uma inibição do crescimento de 66% foi detectada nos animais portadores de tumor ascíto do S-180
tratados com a mesma dose de ARAGAL. O aumento da produção de TNF-a pode ser responsável pela atividade antitumoral de ARAGAL. Os resultados sugerem que o polissacarídeo ARAGAL isolado de A. colubrina é um MRB
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