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dc.contributor.advisorPassos, Fernando de Camargopt_BR
dc.contributor.authorMiranda, Joao Marcelo Deliberadorpt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias Biológicas. Programa de Pós-Graduaçao em Zoologiapt_BR
dc.date.accessioned2013-11-05T13:42:55Z
dc.date.available2013-11-05T13:42:55Z
dc.date.issued2013-11-05
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/1884/33152
dc.description.abstractOs bugios (Gênero Alouatta Lacépède, 1799) são animais sociais e apresentam grandes variações na composição sexo-etária de seus grupos. Alouatta guariba clamitans Cabrera, 1940 por sua vez apresenta grupos pequenos (2-13 indivíduos). Essas composições, todavia, são dinâmicas no espaço e no tempo. As áreas de vida de uma espécie podem variar em relação ao tamanho do grupo, à categoria trófica a que esta pertence e com relação à produtividade do habitat. Associando as informações da biologia e ecologia básica da espécie pode-se inferir a respeito de seu estado de conservação. Os trabalhos de longo prazo que mostram aspectos de sua dinâmica populacional são raros e da mesma forma são os estudos sobre área de vida e uso do espaço por bugios-ruivos em Floresta Ombrófila Mista. Além disso não se tem um conhecimento exato sobre o status e a conservação deste táxon no Estado do Paraná. Diante dessas considerações foram formulados os objetivos deste estudo. O trabalho se deu na Chácara Payquerê, Município de Balsa Nova, Estado do Paraná, Sul do Brasil. A área é inserida na Floresta Ombrófila Mista e faz parte da APA da Escarpa Devoniana (25°29’S e 49°39’W). O trabalho de composição e dinâmica de grupos foi conduzido de fevereiro de 2002 a junho de 2004, identificando grupos, registrando sua composição sexo-etária e sua dinâmica. As classes sexo-etárias utilizadas foram as mesmas propostas por MENDES (1989). Durante um ano (setembro de 2003 a agosto de 2004) foram estudadas as áreas de vida e o uso do espaço diferenciado por dois grupos de A. g. clamitans, um em floresta primária alterada e outro em floresta secundária. As áreas de vida foram obtidas pelo método do esquadrinhamento. Para se coletar dados a respeito do uso do espaço vertical se utilizou o método de varredura instantânea com intervalos de 10 minutos (ALTMANN, 1974). Utilizando-se o número médio de indivíduos por grupo e o tamanho médio da área de vida encontrou-se a densidade populacional, multiplicando este número pela área total do remanescente obteve-se uma estimativa populacional. Foram identificados cinco grupos na área de estudo, no decorrer dos três anos, as médias de suas composições foram: 6,33 indivíduos/grupo; 1,47 machos adultos/grupo; 0,46 machos subadultos/grupo; 2,2 fêmeas adultas/grupo; 1,13 juvenis II/grupo; 0,8 juvenis I/grupo e 0,27 infantes/grupo. Quanto à dinâmica dos grupos registraram-se: 11 nascimentos; 25 mudanças de categoria etária; 5 indivíduos transeuntes (três fêmeas adultas e 2 machos adultos); 1 morte ou desaparecimento e a quebra de um grupo em dois. A taxa de natalidade encontrada foi de 0,72 infante por fêmea adulta (ano de 2003). A composição dos grupos deste estudo mostrou-se congruente a outros grupos descritos na literatura. Ocorreu uma proporção média de 1,5 fêmea adulta por macho adulto. A presença de indivíduos transeuntes de ambos os sexos corrobora a idéia de que no gênero Alouatta machos e fêmeas migram. As áreas de vida não foram significativamente diferentes e apresentaram uma média de 16,75ha. Quanto ao uso do espaço horizontal, o grupo de floresta primária mostrou uma maior homogeneidade que o grupo de floresta secundária. As áreas nucleares foram de 2 e 1,75ha, para o grupo de floresta primária e de floresta secundária respectivamente. Em relação ao uso vertical do espaço foi mais diferenciado. Quanto ao critério altura os bugios da floresta primária apresentaram uma média de 20,38m ± 6,3, já na mata em regeneração observou-se uma média de 11,58m ± 5,2. No critério substrato, o mais utilizado pelos dois grupos foi galho (65,6 e 69,9%) seguida pelo uso da ramada (34,3 e 29%) para os grupos de floresta primária e secundária respectivamente. Já para o critério estrato florestal a maior utilização sem dúvida é do dossel (97,3 na floresta primária e 97,7% na floresta secundária). A. g. clamitans utilizou os dois estágios de sucessão de forma muito similar, nos vários critérios avaliados, respeitando as diferenças impostas pelo ambiente. Mostrando-se bem adaptado ao ambiente em regeneração. A densidade de bugios-ruivos foi 0,38 indivíduos por hectare, com uma estimativa populacional de 266 animais para toda a área do remanescente, distribuídos em 48 grupos. A população deu indicações de estar em crescimento, talvez ligada a ocupação da floresta secundária. Aparentemente a população estudada está bem conservada, porém o desmatamento e a caça ilegal podem comprometer a sobrevivência dos bugios em longo prazo. Esta é uma população significativa de A. g. clamitans que merece ser conservada. O remanescente florestal do Bugre pode ser efetivamente conservado através da criação de uma Unidade de Conservação de uso mais restritivo. Palavras-chave: bugio-ruivo, Alouatta fusca, ecologia populacional, Floresta com Araucária, área de vida, uso do espaço, exigência espacialpt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.subjectZoologiapt_BR
dc.titleEcologia e conservaçao de Alouatta guariba clamitants cabrera, 1940 em floresta ombrófila mista no estado do Paraná, Brasilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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