Reproduçao e longevidade de Trissolcus basalis e Telenomus podisi (Hymenoptera, Scelionidae) após estocagem de adultos e ovos hospedeiros em baixas temperaturas
Date
2004Author
Castro, Leticia Cunha Ferreira de
Metadata
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Percevejo (Inseto) - Controle biológicoParasito
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Monografia Graduação DigitalAbstract
Resumo : Um dos fatores fundamentais para a aplicação do controle biológico com os parasitóides de ovos Trissolcus basalis e Telenomus podisi (Hymenoptera, Scelionidae) éainvestigação de técnicas que permitam a produção destas espécies durante o período da entressafra, época em que os percevejos hospedeiros não estão disponíveis no campo. Neste trabalho, avaliou-se a viabilidade de produção de T. basalis e T. podisi através de duas técnicas recomendadas para a obtenção de parasitóides:armazenagem de ovos hospedeiros em nitrogênio líquido e hibernação dos adultos. O desenvolvimento de T. basalis e T. podisi foi realizado a 25°C, utilizando-se respectivamente ovos de Nezara viridula e Euschistus heras como hospedeiros. Foram utilizados os seguintes procedimentos para a produção dos parasitóides: 1. Estocagem dos ovos hospedeiros por 120 dias em nitrogênio líquido e dos parasitóides adultos por 180 dias a 18°C; 2. Estocagem dos ovos hospedeiros por 180 dias em nitrogênio líquido e dos parasitóides adultos por 120 dias a 18°C; 3. Estocagem dos parasitóides adultos por 120 dias a 18°C; 4. Estocagem dos parasitóidesadultos por 180 dias a 18°C. Os parâmetros avaliados foram à longevidade dos adultos em hibernação a 18°C e sua fecundidade a 25°C após a estocagem. Os dados foram comparados com uma testemunha, utilizando-se parasitóides não hibernantes, mantidos continuamente a 25°C. A manutenção de adultos de T. basalise T. podisi em hibernação a 18°C permitiu uma longevidade média das fêmeas de cerca de onze e oito meses, respectivamente, e não foi influenciada pela estocagem dos ovos hospedeiros em nitrogênio líquido. Na ausência de hibernação, fêmeas de T. basalis e T. podisi sobrevivem por 74,5 e 56,3 dias, respectivamente. O número de ovos parasitados por fêmea de T. basalis variou de 96,4 a 120,4 e não diferiu entre os tratamentos. Estes valores foram semelhantes ao obtido na testemunha (128,0), demonstrando que a estocagem desta espécie na entressafra, independentemente do procedimento empregado, não influencia na fecundidade das fêmeas. Por outro lado, para T. podisi, a estocagem ocasionou um decréscimo de mais de 50% na capacidade reprodutiva dos adultos, e mais estudos devem ser realizados com vistas à utilização desta técnica na criação desta espécie. O número de ovos parasitados por fêmea de T. basalis variou de 11,6 em ovos de Pellaea stictica a 31,3 em Acrosternum pengue, sem diferença significativa entre os hospedeiros. A longevidade de fêmeas de T. basalis variou de 98,0 em ovos de A.pengue a 90,0 em ovos de Nezara viridula e P. stictica, não havendo diferença significativa entre os hospedeiros A longevidade de machos de T. basalis variou de 90,0 em ovos de N. viridula a 150,0 em ovos de A.pengue e P. stictica, sem diferença significativa entre os hospedeiros. Conclui-se que, para T. basalis, a técnica de armazenagem de ovos de pentatomídeos em nitrogênio líquido pode ser utilizada em associação com a hibernação de adultos, permitindo que a mesma geração do parasitóide seja mantida em laboratório por até dez meses, otimizando a produção massa I desta espécie.
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