Investigação da atividade biológica do hexahidroxitrifenileno em células de glioma humano
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Data
2013-09-03Autor
Zuconelli, Cristiane Regina
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Resumo: Gliomas são o grupo de neoplasias que se originam das células da glia. Estes tumores são altamente resistentes às terapias convencionais e pacientes acometidos pela doença raramente sobrevivem mais de um ano após o diagnóstico. Compostos naturais e derivados sintéticos de catecóis têm sido bastante explorados na busca de alternativas para o tratamento do câncer. O derivado de catecol hexahidroxitrifenileno (HTF) possui característica anfifílica o que proporciona fácil absorção pelas células e interação com o material biológico. Considerando a alta letalidade dos gliomas e a ineficácia dos tratamentos vigentes, o principal objetivo deste trabalho foi avaliar a ação biológica do HTF em células de glioma humano. A investigação do efeito antiproliferativo do HTF nas células de glioma humano A172, U87MG e T98G foi avaliada pelos métodos de MTT e cristal violeta. Para comparação com um tecido normal, foram usadas as células de fibroblasto humano de pulmão IMR90. A avaliação da viabilidade celular demonstrou equivalente redução de viabilidade causada pelo HTF, nas três linhagens de glioma estudadas para as doses de 5, 10 e 25 ?M, quando comparado com a condição controle. Já as células IMR90 foram menos sensíveis a ação do HTF. Análises de citometria de fluxo evidenciaram o aumento da porcentagem das células U87MG e T98G na fase G2-M do ciclo celular após 48h de exposição ao HTF, na dose de 10 ?M. Houve também concomitante diminuição do número de células em G1 e aumento de células com DNA fragmentado, indicando morte celular. Corroborando esse resultado, foi detectado aumento no número de células com marcação positiva para anexina-V e iodeto de propídio após ação do HTF. Análises dos níveis de ROS com a sonda DCFH-DA evidenciaram o aumento nos níveis de espécies reativas em células de glioma, após 48h de tratamento com o HTF (10 ?M), o que não foi revertido com o pré-tratamento com NAC. NAC também não restaurou a viabilidade das células de glioma. A análise dos perfis de expressão dos genes de interesse foi investigada através de ensaios de PCR quantitativo em Tempo Real. Os resultados indicaram à modulação positiva da expressão de p21Cip1 em ambas as linhagens de glioma, U87MG e T98G. Houve também a modulação negativa nos níveis de expressão das enzimas antioxidantes catalase e SOD2 na linhagem U87MG e SOD1 e SOD2 na linhagem T98G. Após exposição ao HTF (10 ?M) por 48h a atividade da catalase foi diminuída, em ambas as linhagens estudadas. Em conjunto, os resultados indicam que o HTF é capaz de diminuir a viabilidade das células de glioma humano de maneira dose dependente e as células de fibroblasto normal são menos sensíveis a ação do HTF. A diminuição da viabilidade das células de glioma está relacionada com a capacidade do HTF em causar aumento nos níveis de expressão de p21Cip1 e aumento no número de células em G2-M, com concomitante indução de morte celular. O fenótipo celular mediado pelo HTF pode ser resultado da alteração no estado redox intracelular, promovido pela diminuição da expressão e atividade de enzimas antioxidantes e aumento nos níveis de ROS. Palavras-chave: Hexahidroxitrifenileno. Glioma. Atividade Biológica.
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