Representações Sociais de discentes e docentes da UFPR quanto ao uso de animais no ensino
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Data
2010Autor
Deguchi, Bernardo Graça Fatori, 1985-
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Resumo : O uso de animais no meio acadêmico é uma tradição que envolve questões éticas do ensino e da pesquisa. Este trabalho teve como objetivo interpretar as representações sociais da ética de estudantes e professores, comparando-as a fim de discutir os padrões encontrados. A obtenção de dados para a pesquisa qualiquantitativa foi feita com a utilização de questionários semi-estruturados e entrevistas semi-abertas. O grupo analisado foi composto por alunos calouros e veteranos dos cursos de Biologia, Farmácia, Medicina Veterinária e Medicina da UFPR e professores que lecionam para estas turmas. Foram reunidos 101 questionários respondidos pelos alunos e 20 respondidos por professores. Uma análise estatística analítico-descritiva foi efetuada com a informação coletada e verificaram-se os seguintes resultados: 55,4% dos alunos uma legislação que trata do uso de animais no ensino; técnicas anestésicas foram empregadas em 63,4% das aulas; as aulas que não utilizaram anestésicos representam no curso de Farmácia – 46,7%, Biologia – 23,3%, Medicina Veterinária – 16,7% e Medicina – 9,1%; em 39,6% das aulas os procedimentos de anestesia foram sempre informados. Para 62,4% os objetivos de aprendizagem das aulas práticas que utilizaram animais foram atingidos totalmente sendo que no curso de Medicina Veterinária 90,0% dos alunos relata que os objetivos foram atingidos plenamente; 71,4% dos calouros consideram que os objetivos das aulas são atingidos com o uso de animais, enquanto 51,1% dos veteranos acreditam neste fato. Foi exposto por 5,3% dos alunos que nenhum método alternativo foi utilizado, quando utilizados são imagens (33,5%), vídeos (30,6%), simuladores de computador (19,7%), cultura celular (9,5%) e modelos didáticos (1,1%). Quanto ao aproveitamento das aulas com métodos alternativos 55,4% dos alunos considerou parcial a obtenção de aprendizado, 29,7% considerou completa e 14,8% que não foram alcançados os objetivos. Em relação à necessidade de uma disciplina de bioética de todos os entrevistados 82,2% é a favor. A parcela de professores que utilizam animais no ensino é de 35,0% e na pesquisa 55,0%. Dos professores entrevistados 80% submetem seus projetos aos comitês de ética e 13,3% realizam vivisecção com anestesia. De todos os professores 77,8% têm conhecimento de métodos alternativos para práticas laboratoriais sendo citados simuladores de computador, cultura celular e modelos com tais métodos. A parcela de 70,0% utiliza estes métodos em suas aulas e 50,0% acredita que o aprendizado com métodos alternativos é parcial, 38,9% que o aprendizado é desta forma é pleno e 11,1% que é nulo. Para a utilização dos métodos alternativos o profissional deve estar preparado adequadamente. Estes métodos são conhecidos pela maioria dos professores, porém há falta de confiança neles de possibilitar um aprendizado adequado. Para atingir um grau satisfatório de compreensão sobre o assunto devese promover o debate com os alunos, professores e a sociedade em geral e assim possibilitar a formação de padrões éticos respeitosos aos animais.
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