Uso de biomarcadores hitológicos e bioquímicos na análise da toxicidade do cloreto de cobre em Jundiás (Rhamdia quelen)
Abstract
Resumo : O cloreto de cobre (CuCl2. 2H2O) é uma substância amplamente utilizada como desinfetante, desodorante e dessulfurizante em destilados de petróleo, na purificação de água, como aditivo alimentar e principalmente, como biocida. O jundiá Rhamdia quelen, organismo bioindicador do presente trabalho, é um peixe de distribuição neotropical encontrado em rios paranaenses. O cultivo dessa espécie vem aumentando nos últimos anos devido sua boa aceitação pelo mercado consumidor. O uso de biomarcadores possibilita avaliar o efeito causado por diferentes contaminantes, como o cobre, nos seres vivos. Eles podem ser definidos como respostas biológicas adaptativas a estressores, evidenciadas como alterações bioquímicas, celulares, histológicas fisiológicas ou comportamentais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a toxicidade do cloreto de cobre em jundiás (Rhamdia quelen) utilizando biomarcadores histológicos e bioquímicos por meio de um bioensaio estático. Os peixes (n=80) foram distribuídos em grupos controle e teste, sendo expostos por 96 horas às concentrações de 2 µg/L, 10 µg/L e 20 µg/L de cloreto de cobre. Em fígado, os parâmetros analisados foram a histopatologia e as atividades enzimáticas: catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa Stransferase (GST) e glutationa redutase (GR), além da peroxidação de lipídica (LPO). A análise da atividade da acetilcolinesterase (AChE) foi realizada em músculo e cérebro. Os resultados obtidos permitiram concluir que o cloreto de cobre é tóxico para a espécie principalmente, nas concentrações de 10 µg/L e 20 µg/L. A atividade da SOD e a análise histopatológica com a presença de centros de melanomacrófagos (CMM) podem ser utilizados como biomarcadores para a exposição ao cloreto de cobre, pois foram os que mais responderam.
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