Composição química, caracterização polínica e avaliação de atividades biológicas de méis produzidos por meliponíneos do Paraná (Brasil)
Date
2013Author
Borsato, Débora Maria
Metadata
Show full item recordSubject
TesesAbelha sem ferrão
Mel
Compostos Fenólicos
Ciencias farmaceuticas
Farmácia
Farmácia
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TeseAbstract
Resumo: O mel de abelhas sem ferrão é um alimento com características físicas e químicas particulares e de sabor exótico, alcançando um maior valor de mercado em comparação aos méis de Apis mellifera Linnaeus, 1758. Entretanto, apesar do grande número de espécies de meliponíneos existentes, poucas investigações têm sido conduzidas para a avaliação do potencial terapêutico de seus méis. Assim, com o propósito de ampliar o conhecimento sobre méis obtidos a partir de diferentes meliponíneos nativos do Brasil, este trabalho teve por objetivo investigar a qualidade física e química e a origem botânica, bem como estudar o efeito antibacteriano, antifúngico, antioxidante e anti-inflamatório desses produtos, provenientes do estado do Paraná. As características físicas e químicas observadas para os méis de meliponíneos não atenderam, na totalidade, as exigências estabelecidas pela legislação vigente para o mel de A. mellifera. As famílias mais representativas nos espectros polínicos das amostras avaliadas foram Anacardiaceae, Arecaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Melastomataceae/Crombetaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Salicaceae e Solanaceae. Considerando a origem botânica dos méis, por meio da melissopalinologia, apenas duas amostras foram classificadas como mel monofloral. Foi encontrada uma correlação positiva entre os teores de fenólicos totais e a atividade antioxidante dos extratos fenólicos obtidos a partir dos méis (EFMs). Todas as amostras de mel in natura apresentaram atividade antimicrobiana contra cepas de Escherichia coli, Staphylococcus aureus e Candida albicans. Os EFMs indicaram reduzido efeito antimicrobiano, em relação aos méis de meliponíneos. Foram identificados 11 compostos fenólicos no extrato metanólico do mel produzido pela abelha sem ferrão Melipona marginata Lepeletier, 1836. Esse extrato, quando aplicado topicamente, demonstrou um efeito anti-inflamatório, confirmado pela redução do edema, da migração leucocitária e da produção de espécies reativas de oxigênio na pele de camundongos. Abstract: The stingless bee honey is a food with particular physicochemical properties and exotic flavor. This hive product reaches a higher price in the market as compared to the honey from Apis mellifera Linnaeus, 1758. In spite of the high number of meliponines, few investigations have been devoted to evaluate the therapeutic potential of honeys from stingless bees. Concerning the purpose of increasing the knowledge about honeys from different stingless bees native to Brazil, the aim of this study was to investigate the physicochemical quality and botanical origin, as well as evaluating the antibacterial, antifungal, antioxidant and anti-inflammatory effect of these products from Paraná. The stingless bee honeys presented physicochemical characteristics that not attend to all the legal requirements established for A. mellifera honey. Considering the pollen spectra of the studied samples, the most representative families were Anacardiaceae, Arecaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Melastomataceae/Crombetaceae, Myrtaceae, Rubiaceae, Salicaceae and Solanaceae. Regarding the botanical origin, melissopalynology showed that only two sample was classified as a monofloral honey. A positive correlation between total phenolic content and antioxidant activity of honey phenolic extracts (EFMs) was observed. All fresh honey samples presented antimicrobial activity against strains of Escherichia coli, Staphylococcus aureus and Candida albicans. A lower antimicrobial activity was verified for EFMs as compared to pure honeys. A total of 11 phenolic compounds were identified in methanolic honey extract from Melipona marginata Lepeletier, 1836. This extract showed a topical anti-inflammatory effect confirmed by decreasing ear edema, leukocyte migration and production of reactive oxygen species in the skin of mice.
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