Influências "de dentro" e "de fora" no planejamento urbano de Curitiba
Date
2013-06-18Author
Meirinho, Bruno César Deschamps
Metadata
Show full item recordSubject
DissertaçõesPlanejamento urbano - Curitiba (PR)
Teses
Geografia historica
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DissertaçãoAbstract
Resumo: No presente trabalho nos propomos a reunir elementos que permitam responder à questão principal formulada para esta pesquisa: "como as influências externas e internas incidem sobre o planejamento urbano de Curitiba?" A relevância dessa questão está em apontar quem são os agentes do planejamento e como operam nos campos da política e da produção do conhecimento para poder realizar seus objetivos. Para reunir estes elementos, apresentamos um estudo a partir dos conceitos de desenvolvimento e planejamento, e o relacionamos com aspectos dialéticos da modernidade, como a dialética das escalas local e cosmopolita. A partir destes conceitos fundamentais, apresentamos, no presente trabalho, uma trajetória da influência das relações entre os interesses internacionais e o interesse local sobre o planejamento urbano de Curitiba. Como recorte histórico, escolhemos três momentos do planejamento urbano dentro do Século XX: i) o plano de Saturnino de Brito, de 1920-1921, elaborado no contexto do urbanismo sanitarista e com o objetivo de enfrentar a crise da epidemia de febre tifoide de 1917 em Curitiba, ii) o plano Agache, elaborado durante o período do Estado Novo, sob o comando político de interventores da ditadura Vargas, e inspirado nos "planos de avenidas", e iii) o plano Wilheim, elaborado em 1965, aprovado como Plano Diretor em 1966 e ajustado e implementado nos primeiros anos da década de 1970, como resultado de um projeto de industrialização nacional e do Estado do Paraná. Todos esses planos revelam a presença de interesses externos e internos em disputa sobre o planejamento da cidade, apontando para a progressiva transformação de uma cidade de visão localista para uma cidade que promete uma integração cosmopolita. Uma leitura crítica, no entanto, oferece elementos para duvidar da integração, questionando se o resultado do planejamento urbano produziu um processo de multiterritorialidades (integração cosmopolita) ou de desterritorialização.
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