The importance of vertical and horizontal dimensions of the sediment matrix in structuring nematodes across spatial scales
Abstract
Resumo: Pesquisas intensivas têm sido realizadas para desvendar padrões espaciais de
comunidades infaunais bentônicas. Embora é reconhecido que organismos bentônicos
são espacialmente estruturados ao longo das dimensões horizontal e vertical do
sedimento, pouco se sabe como essas duas dimensões interagem entre si. Este estudo
investigou a interdependência entre as dimensões horizontal e vertical na estruturação
de assembleias de nematóides marinhos. Para isto, testamos se a similaridade na
composição de espécies de nematóides ao longo da dimensão horizontal é
dependente da camada vertical do sedimento. Para testar esta hipótese, secções
verticais de 3 cm de sedimento (15 cm de profundidade) foram coletadas de forma
independente em dois bancos não vegetados em três estuários. Os dados indicaram
que as assembleias que vivem nas camadas superiores são mais abundantes, ricas em
espécies e menos variável, em termos de presença de espécies/ausência e abundância
relativa, do que as assembleias que vivem nas camadas mais profundas. Os resultados
também mostraram que mais importante que a profundidade do sedimento, o
potencial redox foi a variável mais importante explicando 12% da variabilidade da
fauna na dimensão horizontal. A fauna de camadas oxigenadas foi mais homogênea do
que a das camadas mais reduzidas. Em contraste com estudos anteriores que sugeriam
uma fauna específica de camadas anóxicas, observou-se que as espécies identificadas
nas camadas mais profundas eram mais casuais, i.e. caracterizadas principalmente por
espécies errantes. O mecanismo proposto é que nas camadas superficiais oxigenadas,
as espécies têm grandes chances de serem deslocadas e colonizarem novos locais por
transporte passivo, enquanto nas camadas mais profundas e anóxicas, elas são
restritas à dispersão ativa a partir de sedimentos vizinhos. Tal restrição no potencial de
dispersão juntamente com as condições ambientais adversas levam a uma maior
aleatoriedade na presença de espécies, resultando em uma alta variabilidade entre
assembleias ao longo da dimensão horizontal.
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