Novos marcadores moleculares e filogeografia comparada de formigas (Hymenoptera: Formicidae) do Sul da Floresta Atlântica
Date
2013-08-07Author
Stroher, Patrícia Regina
Metadata
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TesesFilogeografia
Formiga - Mata Atlantica
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DissertaçãoAbstract
Resumo: A Filogeografia é definida como o estudo da distribuição geográfica de linhagens genéticas dentro da mesma espécie ou de espécies próximas filogeneticamente. Esta característica permite investigar padrões de biogeografia histórica como migrações, colonizações e isolamento em refúgios, revelando também o passado evolutivo do ambiente onde as espécies estudadas estão inseridas. Neste trabalho duas espécies de formigas foram avaliadas filogeograficamente a fim de melhor entender o passado evolutivo do sul da Floresta Atlântica (um dos ambientes de maior biodiversidade e ameaçados mundialmente). Inicialmente foram desenvolvidos novos marcadores nucleares para formigas seguindo a abordagem EPIC- "exon-primed intron-crossing", que utiliza primers em regiões exônicas conservadas que flanqueiem um íntron de interesse, o qual, por não ter um papel direto na transcrição gênica, tende a acumular mutações a uma taxa muito mais alta do que regiões codificantes. Estes marcadores foram testados em quatro espécies de formigas: Gnamptogenys striatula, Hylomyrma reitteri, Brachymyrmex sp. e Pheidole incisa. As duas primeiras espécies foram usadas no segundo trabalho, o filogeográfico, aliando ao DNA mitocondrial (citocromo b) um destes novos marcadores EPIC produzidos. Estimativas do tamanho populacional ao longo do tempo e reconstrução das árvores filogenéticas foram realizadas através de Bayesian Skyline Plots e Inferência Bayesiana, respectivamente. Os novos marcadores EPIC funcionaram com todas as espécies testadas neste trabalho. No estudo filogeográfico nenhuma estruturação geográfica, com linhagens distintas, foi encontrada em ambas as espécies. Padrões demográficos mostraram uma manutenção no tamanho populacional ao longo do tempo, também em ambas as espécies. Concluiu-se que esta estabilidade populacional vem ao encontro da hipótese de que áreas do sul da Floresta Atlântica mantiveram suas populações relativamente estáveis, mesmo durante períodos de instabilidade na última era glacial.
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