Mostrar registro simples

dc.contributor.advisorDuarte, André de Macedo, 1966-pt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofiapt_BR
dc.creatorGalantin, Daniel Verginellipt_BR
dc.date.accessioned2023-01-20T11:50:45Z
dc.date.available2023-01-20T11:50:45Z
dc.date.issued2013pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/29956
dc.descriptionOrientador: Prof. Dr. André de Macedo Duartept_BR
dc.descriptionDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Parana, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Defesa: Curitiba, 19/03/2013pt_BR
dc.descriptionBibliografia: fls. 147-150pt_BR
dc.description.abstractResumo: Esta dissertação tem como objetivo apontar as transformações nas articulações entre verdade e subjetividade pelas quais passou o trabalho filosófico de Michel Foucault entre as décadas de 1970 e 1980. Ao final, procuramos formular algumas interrogações políticas contemporâneas incitadas por estes deslocamentos, assim como destacar elementos para a compreensão do engajamento político inerente à prática filosófica foucaultiana. Iniciamos com o estudo da construção do aporte teórico através do qual o filósofo francês aborda as relações de poder, de modo a enfatizar a multiplicidade de suas práticas, assim como, especialmente, sua capacidade de produzir realidades. No segundo capítulo, discutimos trechos de Vigiar e punir e A vontade de saber de modo a mostrar como nosso autor põe em prática sua abordagem teórica, em vista da qual, neste período de suas investigações, a articulação entre verdade e subjetividade resulta na constituição de sujeitos. Estes efeitos de constituição subjetiva podem ser alterados com a transformação desta articulação, consideração a partir da qual Foucault inaugura outra forma de engajamento político para os intelectuais. No terceiro capítulo, mostramos como, a partir de 1978, nosso autor desloca sua abordagem do poder enquanto relações de força para as chamadas práticas de governo. Tal deslocamento permite compreender certas continuidades históricas entre tecnologias distintas de poder, assim como fornece subsídios para a abertura do eixo ético de suas investigações a partir da equivocidade do termo "governo" - o qual pode designar tanto o governo de si quanto o governo dos outros. Neste contexto, o estudo das práticas de confissão e direção de consciência na genealogia do poder pastoral apontam para a necessidade de considerar o reconhecimento do sujeito por si mesmo no processo de sua constituição. Por outro lado, esta mesma dimensão de reconhecimento parece assumir um papel privilegiado na consideração das resistências a formas determinadas de condução de condutas. No quarto e último capítulo discutimos alguns aspectos da genealogia do sujeito ético antigo, momento em que encontramos outra forma de articulação entre verdade e subjetividade. Trata-se então de considerar a verdade em sua relação com os exercícios espirituais de transformação ética dos sujeitos, concebidos como condição de seu acesso à verdade. Nos cursos do Collège de France da década de 1980, os discursos verdadeiros articulam-se a exercícios espirituais que transformam o êthos dos sujeitos. Assim, Foucault mostra que entre os antigos se estabelece um vínculo entre verdade e subjetividade em vista do qual a verdade transforma os sujeitos, aspecto que destaca sua irredutibilidade com relação à moderna transformação de sujeitos em objetos de conhecimento. Finalmente, este gênero de pesquisas suscita interrogações contemporâneas acerca do vínculo entre política e espiritualidade, assim como instaura o problema da subjetivação e da dessubjetivação na compreensão contemporânea da dimensão política da espiritualidade.pt_BR
dc.description.abstractAbstract: Cette dissertation a l'objectif de mettre en relief les transformations que l'articulation entre vérité et subjectivité a subi dans le travail philosophique de Michel Foucault entre les décennies de 1970 et 1980. À la fin, on essaie de formuler quelques interrogations politiques contemporaines incitées par ces déplacements, de même qu'on souligne quelques éléments pour comprendre l'engagement politique propre à la pratique philosophique foucauldienne. On commence par l'étude de l'arsenal théorique avec lequel le philosophe français saisit les relations de pouvoir, donnant spéciale attention à la multiplicité des pratiques et spécialement à ses capacités de production de réalités. Dans le chapitre deux, on discute quelques passages de Surveiller et punir et de La volonté de savoir pour souligner la mise-au-point de cette démarche, de façon à montrer que les articulations entre vérité et subjectivité constituent les sujets entendus comme leurs effets. En fait, tels effets de constitution de la subjectivité peuvent subir des changements par le déplacement de cette articulation, mouvement par lequel Foucault ouvre des nouvelles possibilités d'engagement politique pour les intellectuels. Après, dans le troisième chapitre on souligne le déplacement foucauldien de l'approche du pouvoir entendu comme relations de force au nom des pratiques de gouvernement à partir de 1978. Ce changement conceptuel lui permettra la compréhension de continuités entre des différents technologies de pouvoir, de même qu'il lui fournira des outils pour l'ouverture de l'axe éthique de ses recherches à partir de l'équivocité du terme " gouvernement " - lequel désigne aussi bien le gouvernement de soi que le gouvernement des autres. L'étude des pratiques de confession et de direction de conscience dans le contexte de la généalogie du pouvoir pastoral impose l'exigence de considérer la reconnaissance du sujet par soi-même dans le procès de sa propre constitution. De l'autre côté, cette même reconnaissance prendra un rôle privilégié dans la considération des résistances aux formes de conduction de conduites. Finalement, dans le dernier chapitre nous nous concentrons aux travaux foucauldiens de la généalogie du sujet éthique antique, où l'on trouvera une autre forme d'articulation entre vérité et subjectivité. Dans les derniers cours donnés au Collège de France il s'agira alors de considérer la vérité comme exercice spirituel de transformation éthique des sujets en tant que condition de leur accès au vrai, de manière que les discours de vérité s'articulent à des exercices spirituels de transformation de l'êthos du sujet. De cette façon, chez les antiques on trouve un lien entre vérité et subjectivité où la première transforme les sujets, ce qui la rend irréductible par rapport à la moderne transformation des sujets en objets de connaissance. Ce genre de recherches apporte finalement de nouvelles interrogations contemporaines à propos des liens entre politique et spiritualité, ouvrant ainsi le chemin pour la considération du problème de la relation entre subjectivation et dé-subjectivation en ce qui concerne à la dimension politique de la spiritualité.pt_BR
dc.format.extent150f.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.relationDisponível em formato digitalpt_BR
dc.subjectFoucault, Michel, 1926-1984 - Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subjectTesespt_BR
dc.subjectVerdadept_BR
dc.subjectGenealogia (Filosofia)pt_BR
dc.subjectÉticapt_BR
dc.subjectFilosofiapt_BR
dc.titleVerdade e subjetividade no pensamento de Michel Foucault : da analítica do poder à genealogia da éticapt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


Arquivos deste item

Thumbnail

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro simples