Caracterização geomorfológica e sedimentológica do eixo E-W do Complexo Estuarino de Paranaguá
Abstract
Resumo: As baías de Antonina e Paranaguá possuem uma área de ? 258,4 km², aporte fluvial máximo de 178 m³s-1 e correntes de maré mais intensa na vazante (0,9 ms-1) respondendo aos mecanismos de transporte, erosão e deposição diferente de outros estuários. O objetivo foi estabelecer as características da cobertura sedimentar atual e o contexto de sua distribuição no eixo E-W do Complexo Estuarino de Paranaguá pela integração espacial de parâmetros ambientais (batimetria, declividade, padrões sedimentológicos e velocidades das correntes de maré) de forma a identificar uma dinâmica de preenchimento. Foi utilizada analise estatística multivariada para delimitar padrões sedimentológicos. A área de estudo foi divida em pixels (150 m), onde os dados de batimetria, declividade (TIN), velocidade da corrente de maré e padrões sedimentológicos (IDW) foram convertidos para raster, com o posterior cálculo do centróide por pixel. Para integrar as informações georeferenciadas foi utilizada análise espacial Spatial Join. Totalizaram 6138 pixels (? 13,8 x 107 m²), com profundidade média de 4,3 m e máximas de ? 20 m. As áreas com profundidades menores que 2m e declividades menores que 0,1° totalizam 1500 pixels (? 3,3 x 107 m²), dos quais 847 pixels foram caracterizados como planícies de maré e 653 pixels como desembocaduras fluviais. As profundidades maiores que 6 m equivalem a 1771 pixels (? 3,9 x 107 m²) com declividades variáveis (0,5° - 2°) nas margens. A região intermediária as planícies de maré e canais apresentam profundidades entre 2 e 6m correspondente a 1887 pixels (? 4,2 x 107 m²), declividade de 0,1° a 2°. Foram encontrados 3 grupos sedimentológicos distintos, com predomínio do Grupo 1. As áreas de planícies de maré apresentam sedimentos finos, e quando integradas com dados de velocidade de correntes de maré tiveram correlação positiva, exceto nas regiões de desembocadura dos rios, pois os fluxos atuantes são fluviais e os sedimentos arenosos. A margem S do estuário caracterizada como planície de maré apresentou altas concentrações de carbonatos, as quais interferiram no diâmetro médio nas analises estatísticas. As maiores profundidades estão associadas às velocidades de correntes mais intensas, indicando competência do fluxo em carrear sedimentos. Por isso, o padrão de preenchimento do estuário dependente da hidrodinâmica local e não somente do aporte de sedimentos. Abstract: The bays of Paranaguá and Antonina have an area of ? 258.4 km ², more than 178 river discharge m³ s-1 and more intense tidal currents in the ebb tide (0.9 ms-1) responding to the transport mechanisms, different erosion and deposition than other estuaries. The aim was to establish the characteristics of the sedimentary cover and the context of current distribution in the EW axis Paranaguá Estuarine Complex by spatial integration of environmental parameters (bathymetry, slope, sedimentary patterns and velocities of tidal currents) to identify a complete dynamic. Multivariate statistical analysis was used to delimit sedimentary patterns. The study area was divided into pixels (150 m), where data on bathymetry, slope (TIN), velocity of tidal current and sediment patterns (IDW) were converted to raster, with the subsequent calculation of the centroid per pixel. To integrate the information was used georeferenced spatial analysis Spatial Join. Totaled 6.138 pixels (13.8 x ? 107 m²), with an average depth of 4.3 m and maximum ? 20 m. Areas with depths less than 2 m and less than 0.1° slopes totaling 1.500 pixels (? 3.3 x 107 m²), of which 847 pixels were characterized as tidal flats and river mouths as 653 pixels. The depths greater than 6 m equals 1.771 pixels (? 3.9 x 107 m²) with variable slope (0.5° - 2°) in the margins. The intermediate region of the tidal flats and channels presents between 2 and 6m depths corresponding to 1.887 pixels (? 4.2 x 107 m²), slope of 0.1° to 2°. There were three distinct sedimentary groups with predominance of group 1. The areas of tidal flats have fine sediments, and when integrated with data speed of tidal currents showed positive correlation, except in regions of the river mouths are acting as the river flows and sandy sediments. The S margin of the estuary characterized as tidal flat showed high concentrations of carbonates, with interference in the statistic analysis of size grain. The greatest depths are associated with current speeds of more intense, indicating the power flow to carry sediments. Therefore, the fill pattern of the estuary depends on the local hydrodynamics and not just the accumulation of sediments.
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