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dc.contributor.advisorCunha, Claudio Leinig Pereira dapt_BR
dc.contributor.authorWestphal, Ricardo Joaopt_BR
dc.contributor.otherUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências da Saúdept_BR
dc.date.accessioned2020-07-30T17:47:51Z
dc.date.available2020-07-30T17:47:51Z
dc.date.issued1987pt_BR
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/1884/28782
dc.descriptionOrientador: Cláudio Leinig Pereira Da Cunhapt_BR
dc.descriptionDissertaçao (mestrado) -Universidade Federal do Paranápt_BR
dc.description.abstractResumo: Trinta e um indivíduos com diagnóstico clínico e ecocardiográfico unidimensional de Cardiomiopatia Hipertrófica do tipo Hipertrofia Septal Ventricular, foram estudados prospectivamente com os seguintes objetivos: 1) Descrever os achados encontrados, com relação aos sintomas e sinais clínicos, história familiar, alterações eletrocardiográficas, radiográficas, cicloergométricas e ecocardiográficas, na condição sem medicação; 2) Avaliar os sintomas, nas condições sem medicação, com droga beta-bloqueadora e sob o uso de inibidor dos canais lentos de cálcio; 3) Avaliar através da cicloergometria os sintomas, os parâmetros hemodinâmicos e metabólicos, as alterações eletrocardiográficas, nas condições sem medicação, com droga beta-bloqueadora e sob o uso de inibidor dos canais lentos de cálcio; e 4) Avaliar através da ecocardiografia unidimensional, o comportamento funcional do ventrículo esquerdo, quando nas condições sem medicação, com droga beta-bloqueadora e sob o uso de inibidor dos canais lentos de cálcio. Havia 18 homens e 13 mulheres, idade variando de 10 a 60 anos, média de 34 anos. Todos apresentavam no ecocardiograma unidimensional em repouso, e sem o uso de manobras ou drogas, os seguintes dados: 1) movimento sistólico anterior da valva mitral; 2) espessura septal ventricular diastólica igual ou maior que 1,5 cm; 3) relação entre as espessuras diastólicas do septo ventricular e da parede posterior do ventrículo esquerdo maior que 1,3. Os pacientes foram analisados em três etapas: Etapa 1 - quando estavam sem medicação pelo menos há uma semana; Etapa 2 - após 15 dias em uso de propranolol, com dose de 120 a 600 mg/dia; Etapa 3 - após 15 dias em uso de verapamil, com dose de 160 a 360 mg/dia. Os pacientes permaneciam no mínimo urre semana sem o uso de beta-bloqueador, para então receberem o verapamil. Na etapa 1 (sem medicação) - a dispnéia estava presente em 25 pacientes, a angina em 19, as palpitações an 18 e a présíncope ou síncope em 8 casos. De acordo com a classificação funcional da New York Heart Association (NYHA), 6 pacientes estavam na classe I, 8 na classe II e 17 na classe III. No exame físico do aparelho cardiovascular, o duplo choque de ponta foi observado em 20 casos, a quarta bulha em 23 e sopro sistólico na borda estemal inferior esquerda e na região apical em 25 casos. Também observou-se uma paciente com lentiginose e outro com déficit pôndero-estatural. História familiar da mesma enfermidade registrou-se em 15 pacientes e a morte súbita ocorreu em 4 famílias. 0 eletrocardiograma convencional foi normal em 3 pacientes, e as três anormalidades mais freqüentes foram a alteração da repolarização ventricular em 19 casos, sobrecarga ventricular esquerda em 13 e padrões de infarto do miocárdio também em 13 casos. As radiografia de tórax foram normais an 15 pacientes. As anormalidades mais freqüentes foram o aumento da área cardíaca e a redistribuição da circulação pulmonar, em dois casos também se observou a presença de linhas B de Kerley. Durante a realização do teste cicloergométrico a angina ocorreu em 3 pacientes e as palpitações em 2. Os parâmetros hemodinâmicos e metabólicos calculados na cicloergometria estavam nesta fase dentro dos limites normais. Arritmias no teste de esforço ocorreram em 6 casos: um apresentou taquicardia atrial paroxítica, outro extrassístoles juncionais e quatro apresentaram extrassístoles ventriculares. O segmento ST apresentou-se infradesnivelado de l,Omm a l,5mm em 6 pacientes. No ecocardiograma unidimensional registrou-se fechamento mesossitólico da valva aórtica em 13 pacientes e vibrações sistólicas durante toda a sístole em 30 casos. 0 átrio esquerdo estava an média pouco aumentado (4,09 ± 0,72 cm) variando de 2,6 cm a 5,7 cm. 0 septo ventricular apresentou uma espessura diastólica média de 2,40 cm. A relação entre as espessuras diastólicas do septo ventricular e da parede posterior do ventrículo esquerdo estava aumen - tada, com valor nédio de 2,21 ± 0,59. A velocidade média de encurtamento circunferencial das fibras alcançou 1,33 ± 0,33 circunferências/ segundo. 0 tanpo de ejeção ventricular esquerdo médio calculado foi de 0,33 ± 0,04 segundos. 0 tempo do relaxamento isovolumétrico (TRIV) foi de 90,72 ± 20,18 milisegundos. 0 movimento sistólico anterior (MSA) da valva mitral foi classificado corro leve em 5 pacientes, moderado em 21 e severo em 5 pacientes, os quais correspondiam respectivamente aos subgrupos hemodinâmicos não obstrutivo, obstruti vo latente e obstrutivo em repouso. A dimensão da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE) foi de 2,13 ± 0,46 cm. A massa do ventrículo esquerdo apresentou urre média de 274,55 ± 137,24 gramas. Na etapa 2 (pós-propranolol) - a dose média desta medicação foi de 227,09 ± 81,58 mg/dia, com dose mínima diária de 120 mg e máxima de 600 mg. Apenas 1 paciente recebeu dose diária de 600 mg, 3 receberam 120 mg, 5 receberam 160 mg e 22 receberam 240 mg. Os sintomas ocorreram em número menor de pacientes. Assim, a dispnéia de 25 casos agora se apresentava em 15 (p < 0,05), a angina de 19 melhorou em 7 casos (p > 0,05), as palpitações de 18 foi observada em 6 pacientes (p< 0,05) e a síncope de 8 foi verificada em apenas 1 caso (p < 0,05). Durante o teste cicloergométrico a angina esteve presente em 2 pacientes e outro apresentou palidez, tontura e náusea. Ocorreu diminuição da freqüência cardíaca em repouso e máxima, das pressões arteriais sistólicas e diastólicas nas posições supina e sentada pré-teste, da pressão arterial sistólica máxima, do duplo produto, do coeficiente de exercício máximo, do consumo de oxigênio miocárdico e da relação MV02/V02 (todos com p <0,05 quando comparados com a etapa 1). Apenas 2 pacientes apresentaram arritmias ao teste ergométrico, um deles com extrassístoles supraventriculares e outro com extrassístoles ventriculares. Dentre os 6 pacientes cari alteração do segmento ST no teste sem medicação, ela persistiu em 2 casos e desapareceu em 4; 1 caso revelou infradesnível sob betabloqueador, inexistente antes da medicação. Boa tolerância ao exercício ocorreu em 14 pacientes. Dos parâmetros ecocardiográficos estudados nesta etapa 2, apenas o volume de ejeção (63,63 ± 26,34 ml) e o débito cardíaco (5,17 ± 0,95 l/min), apresentaram diferença estatisticamente significativa (p < 0,05), quando foram comparados com os valores obtidos na etapa 1 (sem medicação). 0 Tempo de Ejeção (TE) diminuiu em apenas 6 pacientes, o Tempo de Relaxamento Isovolumétrico (TRIV) em 15, o Movimento Sistólico Anterior (MSA) da Valva Mitral em 18 e a Dimensão da Via de Saída do Ventrículo Esquerdo (VSVE) aumentou em 15 pacientes, todas estas variáveis com p < 0,05 quando comparadas com a etapa sem medicação. As complicações do tratamento com propranolol foram registradas em cinco pacientes, e envolveram: adinamia, fraqueza importante, sudorese, dispnéia paroxística noturna, insónia e parestesia de língua. Na etapa 3 (pós-verapamil) - a dose média deste medicamento foi 330,32 ± 57,47 mg/dia/15 dias, com mínima diária de 160 mg e máxima de 360 mg; um paciente recebeu 160mg, 6 receberam 240 mg e 24 foram tratados com 360 mg diariamente. Novamente ocorreu melhora dos sintomas, passando de 25 para 16 pacientes portadores de dispnéia (p < 0,05), a angina de 19 casos melhorou em 10 (p < 0,05), as palpitações de 18 persistiram em 8 pacientes (p < 0,05) e a síncope previamente existente em 8 casos, foi observada em 2 casos sob verapamil. Durante o teste cicloergcmétricô houve baixa ocorrência de sintomas. A angina ocorreu em 3 pacientes, a síncope em um caso e outro apresentou palidez, tontura e náusea. Dos parâmetros hemodinâmicos e metabólicos calculados na cicloergometria nesta etapa, embora com reduções menos acentuadas do que na fase 2, a maioria apre sentou diferença estatisticamente significativa ccm relação à fase sem tratamento. Na comparaçãao destas variáveis entre as duas etapas de tratamento, ocorreu diferença significativa das frequências cardíacas de repouso e máxima da pressão arterial sistólica na posição supina antes do exercício, do duplo produto, do coeficiente de exercício máximo, do consumo de oxigênio miocárdico e da relação MV0/V02. Arritmias sem gravidade foram constatadas no teste ergométricô sob inibidcr dos canais lentos de cálcio em 6 casos (extrassístoles ventriculares, supra-ventriculares e bloqueio átrio-ventricular de 2- grau tipo Mobitz I). Após tratamento com verapamil ocorreu infradesnível do segmento ST no teste de esforço em 2 pacientes que não apresentavam quando sem medicação, e em 4 outros nos quais a depressão do segmento ST já ocorrera no teste sem medicação. Não houve acentuação da depressão do segmento ST no eletrocardiograma convencional pré-teste após o uso de verapamil, verificada em 6 casos sob terapêutica com propranolol. A tolerância ao exercício aumentou em 12 pacientes (p < 0,05), porém sem diferença estatística cari a fase 2. Das variáveis ecocardiográficas estudadas o volume de ejeção (52,98 ± 18,35 ml) apresentou diferença estatisticamente significativa (p < 0,05) quando comparado com a etapa 2 (pós-propranolol), e o débito cardíaco (5,59 ± 1,23 l/min) quando comparado com a etapa 1 (sem medicação). Nesta fase do ecocardiograma unidimensional o TE diminuiu em 10 pacientes, o TRIV em 17, o MSA em 22 e a VSVE aumentou em 17 casos (p< 0,05 em relação â etapa sem medicação), entretanto sem diferença estatisticamente significativa em relação à etapa 2 (pós-propranolol). Finalmente, sob terapêutica com verapamil ocorreram efeitos adversos em seis casos, do tipo: pré-síncope,síncope, dispnéia paroxística noturna, bloqueio átrio-ventricular de 1- grau com período de 22 grau tipo Mobitz I, rubor facial , cefaléia e macropápulas.pt_BR
dc.format.extent202 f.pt_BR
dc.format.mimetypeapplication/pdfpt_BR
dc.languagePortuguêspt_BR
dc.titleCardiomiopatia hipertrófica : estudo clínico, cicloergométrico e ecocardiográfico antes e após tratamento com propranolol e verapamilpt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR


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