Ecomorfologia de caranguejos e siris (Crustacea Decapoda Brachyura) de ecossistemas costeiros
Date
2012-08-24Author
Marochi, Murilo Zanetti
Metadata
Show full item recordSubject
TesesCaranguejo
Siri
Ecologia costeira
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DissertaçãoAbstract
Resumo: Ecomorfologia de caranguejos e siris (CRUSTACEA DECAPODA
BRACHYURA) de ecossistemas costeiros. O presente estudo objetivou avaliar se
diferentes espécies de Brachyura possuem padrões ecomorfológicos em comum ligados
ao habitat em que estão inseridas. Foram analisados 528 exemplares pertencentes a 24
espécies e provenientes dos seguintes ecossistemas costeiros: manguezal, costão
rochoso, praia arenosa, bentopelagial e mar aberto. De todos os exemplares foram
mensuradas 16 dimensões para machos e 17 para fêmeas. Os valores proporcionais
destas dimensões foram utilizados para a Análise de Componentes Principais (ACP) e
Análise de Agrupamento. Também, foram elaborados e interpretados 12 atributos
ecomorfológicos. Para os machos, os dois primeiros eixos produzidos pela ACP
acumularam 77,52% da variação. As dimensões que mais influenciaram a distribuição
foram o comprimento total da perna ambulatória 1 (CTP1), comprimento total da perna
ambulatória 4 (CTP4), comprimento do quelípodo maior (CQM) e comprimento da
carapaça (CC). Para as fêmeas, os dois primeiros eixos da ACP foram responsáveis por
74,73% da variação. As dimensões que mais influenciaram foram CTP4, CTP1, CQM e
(altura do quelípodo maior) AQM. Através da ACP e Análise de Agrupamento foi
possível separar as espécies em quatro grupos principais: 1. espécies de substrato
complexo, 2. espécies semiterrestres, 3. espécies bentopelágicas e de mar aberto e 4.
espécie fital. As espécies de substratos complexos apresentaram P1 e P4 de
comprimentos semelhantes e forte heteroquilia relacionados, respectivamente, à vida em
substratos irregulares e alimentação com animais providos de exoesqueleto ou conchas.
As espécies semiterrestres apresentaram P1 e P4 de diferentes tamanhos e o mais longo
pedúnculo ocular, indicando, respectivamente, agilidade nas passadas em substrato
terrestre e importância da comunicação visual. As espécies bentopelágicas e de mar
aberto apresentaram fraca heteroquilia, maiores dimensões da carapaça e o pedúnculo
ocular mais curto, indicando que no meio aquático, o movimento do corpo é facilitado
pelo empuxo e a comunicação visual é menos importante. A única espécie fital Epialtus
brasiliensis apresentou, proporcionalmente, o mais longo P1 dentre todas as espécies e
dátilo fortemente recurvado relacionado com o hábito epibionte em algas.
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