Dinâmica e biomassa aérea de um trecho de floresta ombrófila mista aluvial no município de Araucária, Paraná

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Date
2013-06-25Author
Socher, Luis Gustavo
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Biomassa - Araucária (PR)Teses
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DissertaçãoAbstract
RESUMO
O presente estudo foi realizado no município de Araucária, Região Metropolitana de Curitiba, Estado do Paraná, em uma área contígua à Refinaria Presidente Getúlio Vargas, com coordenadas aproximadas 25°35'12" S e 49°20'45" W, sendo adjacente ao rio Barigüi. O clima é Cfb (segundo Kõppen) e a vegetação classificada como Floresta Ombrófila Mista Aluvial. Utilizando dados parciais de outro trabalho desenvolvido neste local, foi realizada a análise da dinâmica da vegetação entre os anos de 2001 e 2003, pela remedição de 20 parcelas permanentes e sua avaliação quanto a mudanças na florística, fitossociologia, distribuição diamétrica, crescimento (incremento), ingresso (recrutamento) e mortalidade, além da simulação do comportamento das variáveis densidade e dominância com o uso de matrizes de transição. Outro objetivo dessa pesquisa foi a realização de um levantamento de biomassa, que contemplou a vegetação arbórea (folhas, frutos e sementes, galhos finos, galhos grossos, epífitas vasculares e avasculares, madeira e casca), regeneração (folhas, galhos, madeira e casca), herbácea (parte aérea e raízes) e serapilheira, havendo áreas amostrais diferentes para cada um destes compartimentos. Com base em algumas variáveis coletadas também foi possível testar e ajustar modelos matemáticos capazes de estimar a biomassa seca. Poucas mudanças foram constatadas na composição florística e fitossociológica da comunidade no período compreendido entre as medições (2 anos). Observou-se um crescimento em área basal de 2,22 m2/ha (1,11 m2/ha/ano) e, aproximadamente, 0,13 cm/fuste/ano em diâmetro, valor abaixo do encontrado em outros trabalhos em diferentes tipologias florestais. Os ingressos representaram um acréscimo em área basal de 0,20 m2/ha no período, correspondendo a um aumento de 2,34% no número de fustes e 2,31% no de indivíduos. O percentual de mortalidade ficou em 6,04% dos fustes e 3,27% dos indivíduos, correspondendo a 1,26 m2/ha em dois anos, com destaque para Myrceugenia glaucescens e Schinus terebinthifolins, pelos elevados índices apresentados. Como resultado de biomassa obteve-se um valor em torno de 195,5 t/ha, com a vegetação arbórea correspondendo a 86,88% deste valor, seguida da regeneração acima de 1,30 m de altura (10,27%), serapilheira (2,23%), regeneração abaixo de 1,30 m de altura (0,39%) e herbáceas (0,23%). Foram ajustados modelos matemáticos para a estimativa da biomassa seca do componente arbóreo e seus compartimentos, obtendo-se bons resultados para a estimativa dos valores da árvore como um todo e da madeira. O mesmo não aconteceu nos compartimentos galhos grossos, galhos finos, folhas e casca. A maioria dos resultados de dinâmica e biomassa apresentados são inéditos no Brasil e poderão servir como subsídio para elaboração de programas consistentes de conservação e recuperação da floresta ciliar.
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