Estudo socio-economico e analise de viabilidade da reserva extrativista do São Luis do Remanso, Rio Branco, Acre
Date
2013-06-24Author
Silva, Ecio Rodrigues da
Metadata
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Economia florestalReservas extrativistas
Economia florestal - Aspectos sociais
Reserva Extrativista do São Luis do Remanso, Rio Branco (AC)
Teses
xmlui.dri2xhtml.METS-1.0.item-type
DissertaçãoAbstract
Este trabalho analisou aspectos socioeconómicos de uma população de 130 famílias residentes na primeira unidade de Reserva Extrativista criada na Amazônia, a Reserva Extrativista do São Luís do Remanso, localizada no sudoeste do Estado do Acre, nos municípios de Rio Branco e Xapuri. Foi realizada uma análise de viabilidade técnico-econômica da referida Reserva, considerando-se a União como investidora. A análise foi efetuada considerando-se duas situações distintas: a) com o nível de aproveitamento e exploração vigentes na época do estudo; b) incluindo-se a exploração madeireira com a perspectiva de manejo florestal de manejo múltiplo. As 130 famílias analisadas indicaram que têm no extrativismo de borracha e de castanha-do-brasil sua principal atividade econômica. A receita obtida com a venda da borracha correspondeu a 52,46% da renda da unidade produtiva (denominada de colocação). A castanha, por sua vez, contribui com 47,54% da formação da renda total anual avaliada em USS 833,00 obtidos em cada unidade produtiva. Além destas atividades produtivas, também foram identificadas a prática da agricultura de subsistência, a caça e a coleta de outros produtos de origem florestal. A comunidade analisada apresentaram baixos indicadores de organização comunitária e elevadas taxas de migração interna, o que se configura como fatores que dificultam a implantação de programas de desenvolvimento. A análise de viabilidade técnico-econômica efetuada, revelou que foi compensador para a União o investimento efetivado na criação destas unidades. Os cálculos efetuados indicaram que sob a condição de intensidade verificada de exploração houve retorno aos investimentos realizados. A adição de exploração madeireira tomaria o investimento ainda mais vantajoso, tendo sido calculada uma taxa interna de retorno de 50% para este caso. Há que se considerar, também, as externalidades sociais e ambientais que decorrem destas Unidades de Reserva. Recomenda-se que pesquisas devam ser conduzidas visando aprimorar a inclusão destas externalidades na análise de viabilidade desta categoria de reserva. O estudo também permite concluir que o manejo florestal de uso múltiplo pode tornar as Unidades de Reserva sustentáveis do ponto de vista econômico, social e ambiental.
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